“Deu Preguiça” estreou nos cinemas brasileiros em 13 de março de 2025, trazendo uma história tocante sobre recomeços e união familiar. A animação australiana conta a história de Laura, uma preguiça que se destaca por sua velocidade incomum, e sua família excêntrica que precisa se reinventar após uma tempestade devastadora destruir sua casa. Com 1 hora e 24 minutos de duração, o filme promete emocionar o público com uma narrativa repleta de afeto e determinação.
A dublagem brasileira traz um toque especial: Heloísa Périssé e sua filha Tontom emprestam suas vozes para Gabriella e Laura, criando uma conexão autêntica entre mãe e filha tanto na ficção quanto na vida real. Heloísa revelou que foi “muito emocionante” trabalhar ao lado da filha na dublagem, destacando que “depois de pronto, ficou tão lindo que posso dizer que a gente tinha feito junto”, mesmo tendo gravado separadamente.
Por que a conexão entre mãe e filha é o coração da história?
A experiência de trabalhar juntas trouxe uma camada extra de autenticidade para a animação, com Heloísa explicando que conseguiu “na inflexão da voz, passar esse meu lado maternal tão presente”. Tontom, que fez sua primeira dublagem, descreveu como foi “muito inspirador estar com ela, uma pessoa que eu confio tanto e admiro em todos os sentidos”. A química natural entre mãe e filha na vida real se traduz perfeitamente na tela, criando uma dinâmica familiar believável e emocionante.
O filme explora o conflito entre Laura, que busca aventuras e velocidade, e Gabriella, que valoriza a calma e a contemplação. Essa tensão geracional reflete os desafios reais que muitas famílias enfrentam, tornando a narrativa universal e tocante para espectadores de todas as idades.
Como o filme retrata a importância das tradições familiares?
O food truck chamado Gordito e o valioso livro de receitas familiares são elementos centrais da trama, representando a herança cultural que a família carrega consigo. A obra aborda “a comida como algo artesanal, feita e consumida com calma e atenção, versus a cada vez maior necessidade de velocidade dos tempos atuais”. A ameaça vem de Dotti, uma empresária ambiciosa que deseja se apoderar dos segredos culinários da família, simbolizando a pressão externa sobre as tradições.
A animação mostra como as receitas passam de geração em geração, funcionando como um elo que mantém a família unida mesmo nos momentos mais difíceis. O contraste entre a comida feita com amor e paciência versus o fast food industrial cria uma mensagem poderosa sobre valorizar o que realmente importa na vida.
Que curiosidades sobre bichos-preguiça enriquecem a experiência do filme?
Na vida real, os bichos-preguiça dormem cerca de 20 horas por dia e apresentam uma pelagem em tom marrom-esverdeado devido à presença de algas verdes e cianobactérias que vivem em simbiose com esses animais. A impressionante biologia da preguiça permite que ela passe 90% de sua vida pendurada de cabeça para baixo, pois seus órgãos estão presos às costelas, não fazendo pressão sobre os pulmões. Essas características únicas tornam ainda mais interessante a escolha desses animais como protagonistas de uma história sobre família e tradição.
As preguiças possuem vértebras extras no pescoço que lhes permitem virar a cabeça em um eixo de 270 graus, uma habilidade que certamente seria útil para observar todos os desafios da vida urbana. Embora sejam conhecidas pela lentidão, as preguiças podem se mover até três vezes mais rápido quando nadam e podem prender a respiração por impressionantes 40 minutos, mostrando que há muito mais nestes animais do que aparenta.
Qual o verdadeiro significado por trás da lentidão das preguiças no filme?
“Deu Preguiça” utiliza a característica natural destes animais para transmitir uma mensagem sobre “aproveitar cada momento” e encontrar equilíbrio entre a pressa da vida moderna e a importância de saborear os momentos simples. O nome científico das preguiças, Bradypus, significa “pés lentos” em grego, refletindo perfeitamente a filosofia do filme sobre desacelerar e valorizar as conexões familiares.
A animação convida o público a refletir sobre como a correria do dia a dia pode nos fazer perder de vista o que realmente importa. Através da jornada da família de preguiças, aprendemos que às vezes é preciso ir devagar para chegar longe, especialmente quando se trata de preservar laços familiares e tradições preciosas.