O sistema de pedágio sem cancela, conhecido como free flow, está passando por transformações significativas no Brasil. Com o objetivo de aprimorar a experiência dos motoristas e aumentar a eficiência do sistema, o governo anunciou mudanças importantes. A integração de todas as passagens por pedágios em um único sistema digital é uma das principais inovações, permitindo maior transparência e facilidade na quitação de débitos.
A Resolução n.º 1.013 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), publicada em outubro de 2024, ampliou o prazo para pagamento das tarifas de 15 para 30 dias. Além disso, todas as cobranças agora devem ser disponibilizadas na Carteira Digital de Trânsito (CDT) e nos canais das concessionárias. Essas medidas visam melhorar a comunicação com os motoristas e reduzir a incidência de multas por atrasos.
Quais são os desafios enfrentados pelo sistema free flow?
Desde a implementação do pedágio free flow, muitos motoristas relataram dificuldades em identificar os pontos de cobrança, resultando em multas por desconhecimento. A falta de padronização na sinalização foi um dos principais problemas apontados. Para resolver essa questão, a nova regulamentação exige a instalação de placas informativas uniformes antes dos sensores de cobrança.
Outro desafio significativo é a centralização das informações. Atualmente, cada concessionária opera seu próprio sistema de cobrança, o que dificulta a visualização dos débitos pelos usuários. A integração dos sistemas das concessionárias com o da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) ainda está em andamento, mas é essencial para oferecer uma experiência unificada aos motoristas.

Como a tecnologia está sendo utilizada para melhorar o sistema?
A tecnologia desempenha um papel crucial na modernização do sistema de pedágio free flow. Com a implementação do aplicativo da CDT, os motoristas podem acompanhar todas as passagens registradas e os valores pendentes. Essa inovação oferece maior controle sobre os pagamentos e ajuda a evitar multas decorrentes de esquecimentos ou falta de conhecimento do sistema.
Além disso, a padronização da sinalização e a integração dos sistemas de cobrança são passos importantes para garantir que os motoristas estejam sempre informados sobre suas obrigações. A tecnologia, portanto, não apenas facilita o pagamento, mas também melhora a comunicação entre os usuários e as concessionárias.
Quais são as penalidades para inadimplência no sistema free flow?
Mesmo com o prazo estendido para pagamento, as penalidades para quem não quitar a tarifa no prazo de 30 dias permanecem inalteradas. Os motoristas inadimplentes estão sujeitos a uma multa grave de R$ 195,23 e a cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Além disso, veículos estrangeiros que não regularizarem a situação não poderão deixar o país, estando sujeitos à retenção pelas autoridades competentes.
Essas penalidades destacam a importância de manter os pagamentos em dia e reforçam a necessidade de um sistema eficiente e transparente. A expectativa é que, com as melhorias implementadas, a incidência de multas por inadimplência diminua significativamente.
O que esperar do futuro do pedágio free flow no Brasil?
O futuro do pedágio free flow no Brasil parece promissor, com o governo empenhado em resolver os desafios atuais e melhorar a experiência dos motoristas. A integração completa dos sistemas de cobrança e a padronização da sinalização são passos fundamentais para alcançar esse objetivo.
Com a tecnologia desempenhando um papel central, espera-se que o sistema se torne mais eficiente e acessível, beneficiando tanto os motoristas quanto as concessionárias. À medida que essas mudanças são implementadas, o pedágio free flow tem o potencial de se tornar um modelo de referência para outros países que buscam modernizar seus sistemas de cobrança de pedágio.





