A expressão “Homo homini lupus”, traduzida como “o homem é o lobo do homem”, tem origem no filósofo latino Plauto e ganhou notoriedade por meio de Thomas Hobbes em sua obra Leviatã. A frase sintetiza uma visão pessimista da natureza humana, sugerindo que, na ausência de leis ou regras, as pessoas tendem a agir de forma predatória e egoísta umas com as outras. Para Hobbes, sem uma autoridade central para garantir a ordem, a vida humana seria solitária, dura e breve.
Como a filosofia discute a natureza humana
Dentro da filosofia, a discussão sobre o egoísmo e competição naturais do ser humano é constante. Enquanto Hobbes defendia a necessidade de um governo forte para conter instintos destrutivos, outros pensadores, como Jean-Jacques Rousseau, destacavam que a sociedade corrompe a bondade inata do homem.
Essa divergência filosófica revela a complexidade do comportamento humano e ressalta como diferentes visões influenciam políticas e estruturas sociais em diversas culturas e épocas.

Qual é o impacto dessa ideia na psicologia social
Na psicologia social, o conceito de comportamento predatório se manifesta, por exemplo, na teoria dos jogos, onde interesses individuais podem prejudicar o coletivo. O dilema do prisioneiro exemplifica situações nas quais a desconfiança e o individualismo levam a cenários em que todos perdem.
Algumas aplicações da expressão “Homo homini lupus” aparecem em contextos onde a competição supera a cooperação, como:
- Negociações comerciais intensas, onde cada parte busca máximo benefício próprio
- Conflitos por recursos escassos em situações de crise
- Relações em ambientes de trabalho altamente competitivos
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Como a sociologia responde a essa visão
Na sociologia, a frase “Homo homini lupus” ilustra a necessidade de construir sistemas sociais que favoreçam o bem-estar comunitário e a cooperação. Para evitar o caos, sociedades desenvolvem normas e leis capazes de regular o comportamento individual e promover equilíbrio.
Esses mecanismos sociais procuram constantemente alcançar a difícil conciliação entre interesses individuais e coletivos, formando a base para o desenvolvimento de comunidades mais justas.
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A visão de “Homo homini lupus” ainda faz sentido na atualidade
Mesmo em 2025, as reflexões propostas pela expressão mantêm-se altamente relevantes diante dos desafios contemporâneos, como globalização e crises econômicas. Eventos recentes testam a solidariedade e a capacidade humana de cooperação em larga escala.
Assim, “Homo homini lupus” não apenas revela os limites e riscos do comportamento humano, mas também incentiva a sociedade a aprimorar estruturas e sistemas sociais robustos, buscando maior equilíbrio entre liberdade e responsabilidade coletiva.








