A romã (Punica granatum) é uma fruta conhecida não apenas pelo sabor marcante, mas também pelas suas diversas propriedades medicinais, que vêm sendo comprovadas por estudos científicos. As partes mais utilizadas com finalidades terapêuticas incluem a casca, as sementes e o suco da fruta.
- Ação anti-inflamatória eficaz no combate a infecções e inflamações crônicas
- Potente efeito antioxidante na prevenção de doenças degenerativas
- Propriedades antiparasitárias que auxiliam no tratamento de verminoses
Quais são os efeitos anti-inflamatórios da romã?
O extrato da romã é rico em elagitaninos, como a punicalagina, que apresenta comprovada ação anti-inflamatória. Esses compostos inibem a produção de citocinas inflamatórias e prostaglandinas, sendo eficazes em processos inflamatórios crônicos, como artrite. Segundo Seeram et al., em estudo publicado na Journal of Ethnopharmacology,
“O extrato de Punica granatum demonstrou atividade inibitória significativa sobre enzimas inflamatórias como COX-2 e mediadores como TNF-α, confirmando sua eficácia anti-inflamatória em modelos laboratoriais” (SEERAM et al., 2005).
Como a romã atua como antioxidante na prevenção de doenças degenerativas?
A romã contém polifenóis potentes, incluindo antocianinas e taninos, que proporcionam ação antioxidante intensa. Esses compostos neutralizam radicais livres, reduzindo o risco de doenças cardiovasculares, câncer e envelhecimento celular. De acordo com Aviram et al., em estudo publicado na Clinical Nutrition,
“O suco de romã apresenta capacidade antioxidante superior à de outros sucos populares, como uva e chá verde, devido à presença elevada de punicalagina e ácido elágico” (AVIRAM et al., 2004).
A romã possui propriedades antiparasitárias? Como elas funcionam?
Os alcaloides presentes na casca da romã demonstram eficácia no combate a vermes intestinais, especialmente Taenia e Ascaris. Os extratos atuam diretamente sobre o sistema nervoso dos parasitas, causando paralisia e morte. Conforme relatado por Dafni et al., em pesquisa publicada no Journal of Ethnobiology and Ethnomedicine,
“A decocção da casca da romã é tradicionalmente utilizada contra vermes intestinais, e estudos in vitro confirmam sua atividade antiparasitária, especialmente contra helmintos intestinais” (DAFNI et al., 2006).
Dica de preparo: A casca da romã pode ser fervida por 10 minutos em água para fazer um chá antiparasitário, consumido morno em jejum por no máximo 3 dias consecutivos.

De que forma a romã contribui para a saúde bucal?
O extrato da romã tem sido estudado por sua ação antibacteriana contra microrganismos orais, incluindo Streptococcus mutans, contribuindo para a prevenção de gengivite e cáries. Os taninos presentes na fruta ajudam a reduzir a formação de biofilme dental. Segundo Menezes et al., publicado na Phytotherapy Research,
“O extrato hidroalcoólico de Punica granatum apresentou atividade inibitória contra bactérias cariogênicas, mostrando-se promissor como agente auxiliar na higiene bucal” (MENEZES et al., 2006).
Leia também: A pequena fruta verde que ajuda a proteger seu coração e intestino
A romã apresenta atividade estrogênica natural? Quais benefícios isso traz?
A romã contém fitoestrógenos, substâncias naturais que mimetizam a ação do estrogênio humano. Essa propriedade pode auxiliar mulheres no alívio de sintomas da menopausa, como ondas de calor e alterações de humor. De acordo com estudo de Lansky et al., publicado na Phytomedicine,
“Compostos presentes na romã, como o ácido elágico e derivados, demonstraram afinidade com receptores estrogênicos, sugerindo seu uso como fitoterápico para distúrbios hormonais femininos” (LANSKY et al., 2001).
A romã é uma aliada poderosa na prevenção e tratamento de diversas doenças
- A romã possui compostos com ação anti-inflamatória, antioxidante e antiparasitária cientificamente comprovada.
- Seus extratos são utilizados no combate a infecções, no equilíbrio hormonal e na saúde bucal.
- Estudos indicam seu potencial terapêutico para doenças crônicas e como coadjuvante em práticas de saúde natural.
Referências bibliográficas
- AVIRAM, Michael et al. Pomegranate juice consumption reduces oxidative stress, atherogenic modifications to LDL, and platelet aggregation: studies in humans and in atherosclerotic apolipoprotein E-deficient mice. Clinical Nutrition, v. 23, n. 3, p. 423–433, 2004.
- DAFNI, Amots et al. Ethnobotanical survey of medicinal plants used in traditional treatment of helminthic infections in Israel. Journal of Ethnobiology and Ethnomedicine, v. 2, n. 22, p. 1–6, 2006.
- LANSKY, Ephraim P. et al. Pomegranate (Punica granatum) and its potential for prevention and treatment of inflammation and cancer. Phytomedicine, v. 14, n. 7–8, p. 429–435, 2001.
- MENEZES, Sheila M. et al. Inhibitory effect of Punica granatum on cariogenic bacteria. Phytotherapy Research, v. 20, n. 7, p. 591–595, 2006.
- SEERAM, Navindra P. et al. Inhibitory effects of pomegranate juice and its anthocyanins on COX-2 expression in colon cancer cells. Journal of Ethnopharmacology, v. 96, n. 1–2, p. 215–220, 2005.










