Há uma linha tênue entre confiança e egocentrismo. A diferença muitas vezes está na escolha das palavras. Indivíduos egocêntricos tendem a usar certas frases regularmente, revelando uma perspectiva centrada em si mesmos. Reconhecer essas frases pode nos ajudar a entender melhor essas pessoas e a navegar nas conversas com elas de maneira mais eficaz.
- Uso excessivo de pronomes em primeira pessoa
- Desvio de conversas para focar em si mesmo
- Justificativas para comportamentos não desejáveis
Como identificar o egocentrismo na conversa?
Pessoas egocêntricas geralmente usam “eu”, “me” e “meu” com frequência. Embora todos usemos pronomes em conversas, um uso exagerado pode indicar um foco voltado para si mesmo. Essa prática não é necessariamente intencional, mas compreender esse comportamento pode nos ajudar a lidar melhor com essas situações. Além disso, é comum que pessoas egocêntricas interrompam os demais para retomar o foco da conversa.
Por que mudam de assunto?
Frases como “chega de você, vamos falar de mim…” indicam um desinteresse nas experiências dos outros. Uma conversa sobre um assunto pessoal rapidamente se torna uma oportunidade para compartilhar a própria história, redirecionando o foco para si. Ainda, podem usar pequenas comparações para mostrar que suas experiências são sempre mais relevantes.
O que é hindsight bias?
Frases como “eu sabia desde o começo…” demonstram um viés de retrospectiva. É quando alguém superestima sua capacidade de prever um resultado após conhecê-lo. Isso é usado para destacar sua ‘superioridade’ ou ‘inteligência’, muitas vezes sem justificativa. Este viés é comum em ambientes profissionais, onde a pessoa tenta mostrar que já antevia problemas ou sucessos.
Quando usam “sem ofensa, mas…”
Este é um pretexto comum para comentários críticos. A frase tenta minimizar o impacto de algo ofensivo, sinalizando uma falta de empatia. Em vez de expressar preocupação genuína, revela um desejo de impor suas opiniões. Em alguns casos, pode ser usada para justificar críticas constantes ao comportamento alheio.
Exaltando-se disfarçadamente
Quando dizem “não estou me gabando, mas…”, tentam mostrar conquistas sem aparentar arrogância. Na realidade, é uma forma disfarçada de destacar seus sucessos. Esse tipo de frase costuma aparecer em contextos sociais competitivos, onde a busca por validação é mais intensa.

Avaliação do tempo pessoal
“Não tenho tempo para isso…” é uma frase que subestima as necessidades dos outros em favor das próprias prioridades. É essencial estar cercado por quem respeita o tempo e as preocupações alheias. Lembre-se que todos têm compromissos, e respeitar o tempo do outro é uma questão de consideração e equilíbrio.
Justificando comportamentos
Frases como “mas eu sou assim…” servem de escudo contra críticas. Em vez de aceitar responsabilidade, insistem que os outros devem aceitá-los sem questionar os efeitos de suas ações. Essa atitude pode dificultar o amadurecimento pessoal e afastar relações saudáveis.
A superioridade subentendida
” Você não entenderia…” pode parecer humilde, mas muitas vezes é usado para manter a atenção. Isso cria uma barreira de comunicação, impedindo conexões significativas. Esse tipo de frase pode fazer o outro se sentir inferior ou excluído, prejudicando o entendimento mútuo.
Sentimento de merecimento exacerbado
“Mereço algo melhor…” expressa uma sensação de que não recebendo o devido sem esforço. Isso revela uma falta de apreciação e um senso inflado de importância. Cultivar a gratidão é fundamental para evitar esse tipo de pensamento.
A ausência de verdadeira apologia
Frases como “desculpe, mas…” mais justificam comportamentos do que aceitam responsabilidade. Uma desculpa genuína não tem “mas” — apenas sinceridade e compromisso com a mudança. Aprender a se desculpar corretamente fortalece vínculos e demonstra respeito pelo outro.
Que insights podemos tirar?
- Reconhecer frases egocêntricas ajuda na comunicação.
- A empatia se destaca na superação do egocentrismo.
- A autoanálise é crucial para melhorar interações.








