No decorrer dos séculos, os nomes próprios refletem as mudanças sociais e culturais de cada era. Na Argentina, alguns nomes femininos populares no passado, como Angustias, atualmente não aparecem nos registros civis, resultado de transformações no gosto e nos valores sociais.
Por que o nome Angustias deixou de ser usado na Argentina?
O nome Angustias, originado do latim e associado à devoção à Nossa Senhora das Angústias, remete a períodos de intensa religiosidade. Ele transmitia simbologias de dor e sofrimento, muito valorizadas em contextos católicos do passado argentino.
A partir da metade do século XX, famílias passaram a evitar nomes com essa conotação negativa e buscaram nomes com significados mais alegres e modernos, acompanhando a tendência global de valorização da esperança e do otimismo nas novas gerações.

Quais outros nomes estão sumindo dos registros na Argentina?
A tendência de abandono de nomes antigos não afeta apenas Angustias. Outros exemplos também ilustram como a evolução cultural influencia a escolha dos nomes próprios na sociedade argentina atual.
Podemos citar alguns nomes que praticamente desapareceram dos registros:
- Lesbia – não é registrado desde 1924, apesar de ter forte referência histórica à ilha de Lesbos e à poetisa Safo;
- Purificación – também associado ao contexto religioso, caiu em desuso;
- Dolores – nome tradicional ligado ao sofrimento, cuja frequência diminuiu bastante nos últimos anos.
O que os nomes próprios revelam sobre mudanças sociais?
A escolha de nomes próprios reflete os valores, tradições e prioridades de uma sociedade ao longo do tempo. À medida que as culturas mudam, o que é considerado adequado ou desejável em um nome evolui junto.
O abandono de nomes como Angustias e Lesbia ilustra o processo de modernização na Argentina, onde nomes carregados de otimismo ganham espaço, espelhando tendências culturais globais e contribuindo para a identidade coletiva atual.









