The Electric State chegou à Netflix com toda pompa e circunstância. Com 320 milhões de dólares no orçamento, o filme dos Irmãos Russo se tornou a produção mais cara da história da plataforma. Era para ser o grande sucesso do ano, mas acabou virando uma das maiores decepções. Em apenas três dias, conseguiu 25,2 milhões de visualizações. Pode parecer muito, mas para esse orçamento, era esperado bem mais.
O que torna a situação ainda mais complicada é que filmes bem mais baratos conseguiram números melhores. De Volta à Ação teve 46,8 milhões de visualizações, e Bagagem de Mão alcançou 42 milhões, ambos custando muito menos. A diferença é gritante e mostra que dinheiro não compra audiência. Os Irmãos Russo, que fizeram sucesso com Vingadores, desta vez não conseguiram repetir a fórmula.
O que deu errado com a adaptação do livro?
A história original de Simon Stålenhag é conhecida pelo clima melancólico e reflexivo. O livro mostra um mundo onde robôs abandonados vagam por uma América decadente dos anos 90. É uma obra que mexe com nossos sentimentos e faz a gente pensar sobre tecnologia e abandono. Mas o filme pegou essa base e transformou numa aventura de ação bem genérica.
Millie Bobby Brown interpreta Michelle, uma adolescente que procura o irmão desaparecido numa versão alternativa de 1997. Chris Pratt faz o papel do contrabandista que a ajuda na jornada. O problema é que a história perdeu toda a profundidade do material original. Virou mais um filme de robôs gigantes e perseguições, sem aquela alma especial que o livro tinha. Os fãs do livro ficaram decepcionados, e quem não conhecia a obra original não se conectou direito com a história.
Por que a crítica foi tão pesada desta vez?
Com apenas 15% de aprovação no Rotten Tomatoes, The Electric State entrou para a história pelos motivos errados. Virou o filme com pior avaliação da carreira dos Irmãos Russo. A crítica foi unanime: o filme não tem personalidade própria. Parece uma mistura de vários outros filmes que já vimos antes.
Os críticos disseram que os diretores “transformaram lixo estético em filme trash”. Outros falaram que foi “o jeito mais sem inspiração de gastar 320 milhões de dólares”. O público também ficou dividido. Alguns elogiaram os efeitos visuais e o design dos robôs, mas a maioria achou a história confusa e sem emoção. Nas redes sociais, a galera brincou que dava para ver onde estava o dinheiro, mas que isso não salvava o filme.
Como o público reagiu a essa mega produção?
A reação do público foi bem mista. Quem gostou destacou principalmente os efeitos visuais e o trabalho de Millie Bobby Brown. O filme realmente é bonito de se ver, com robôs detalhados e cenários impressionantes. Cosmo, o robô companheiro da protagonista, conquistou alguns corações por ser fofo e bem feito.
Mas quem não gostou foi bem vocal sobre os problemas. Muita gente achou o filme longo demais e sem direção clara. A história não consegue decidir se quer ser um drama familiar, uma aventura ou um thriller de ficção científica. Essa falta de foco deixou todo mundo meio perdido. Teve gente que falou que só conseguiu assistir até a metade e desistiu. Para um filme que custou tanto, essa reação é bem preocupante.
O que isso significa para o futuro da Netflix?
O caso The Electric State pode mudar como a Netflix pensa sobre grandes investimentos. Gastar 320 milhões de dólares num filme só faz sentido se ele trouxer muitos assinantes novos ou manter os atuais super felizes. Mas quando a recepção é morna assim, o retorno financeiro fica questionável.
A plataforma pode começar a pensar duas vezes antes de aprovar orçamentos tão altos. Talvez seja melhor fazer três filmes de 100 milhões cada do que apostar tudo numa só produção. O sucesso depende muito mais de uma boa história do que de efeitos caros. The Electric State provou que você pode ter todo o dinheiro do mundo, mas se não souber contar uma história envolvente, nada disso vai adiantar. A lição fica para futuras produções: orçamento gigante não garante sucesso garantido.










