O milho verde (Zea mays L.), o grão colhido em sua fase imatura, é um dos cereais mais consumidos no mundo, sendo uma fonte importante de carboidratos, fibras e nutrientes essenciais. Suas propriedades medicinais são atribuídas à presença de carotenoides (luteína e zeaxantina), fibras e compostos fenólicos. Esses princípios ativos conferem benefícios terapêuticos notáveis para a saúde ocular, o sistema digestivo e a proteção antioxidante.
Este artigo explora as principais propriedades curativas do milho verde, com foco em:
- O suporte à saúde ocular, prevenindo a degeneração macular.
- O benefício digestivo, mediado pela alta concentração de fibras.
- A ação antioxidante dos carotenoides, que protegem o organismo contra danos celulares.
Suporte à saúde ocular pela luteína e zeaxantina
A principal propriedade curativa do milho verde é sua contribuição significativa para a saúde ocular. O milho verde é uma das fontes mais ricas de luteína e zeaxantina, dois carotenoides que atuam como filtros naturais no olho. Estes compostos bioativos se acumulam na mácula da retina, protegendo-a contra os danos causados pela luz azul e pelo estresse oxidativo, o que é fundamental na prevenção da Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI). De acordo com o estudo de Krinsky, a luteína e a zeaxantina são vitais:
“A luteína e a zeaxantina, encontradas em alta concentração no Zea mays, são pigmentos maculares essenciais que fornecem proteção antioxidante e filtram a luz azul, diminuindo o risco de danos fotoquímicos na retina” (KRINSKY, 2003).

Leia também: A forma mais simples de plantar limão em casa e fazer a árvore produzir muito mais
Benefício digestivo pela alta concentração de fibras
O milho verde é uma excelente fonte de fibras dietéticas (solúveis e insolúveis), o que confere importantes benefícios terapêuticos para o sistema digestivo. As fibras insolúveis aumentam o volume do bolo fecal e aceleram o trânsito intestinal, auxiliando na prevenção da constipação. As fibras solúveis ajudam a regular os níveis de glicose e colesterol no sangue. O consumo do milho verde (e seus derivados, como a canjica) é um recurso terapêutico natural para a manutenção da regularidade intestinal. A pesquisa de Van der Waal e colaboradores, publicada no Journal of Food Science, confirma o valor da fibra:
“O milho verde e seus derivados são ricos em fibras que contribuem para a função intestinal adequada, prevenindo a constipação e modulando a absorção de nutrientes, o que é essencial para a saúde digestiva” (VAN DER WAAL et al., 2018).
Ação antioxidante e proteção contra doenças crônicas
O milho verde possui uma forte ação antioxidante, atribuída aos seus carotenoides e a diversos compostos fenólicos. Essa propriedade curativa é fundamental para proteger o organismo contra o estresse oxidativo, um fator subjacente a muitas doenças crônicas, incluindo doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer. O consumo da forma verde, que tem um perfil ligeiramente diferente do milho maduro, garante a ingestão desses fitoquímicos protetores. Um estudo de pesquisa de B. R. Grasa e colaboradores, publicado no Food Chemistry, reforça a capacidade antioxidante.
“O milho verde (Zea mays) apresenta alta capacidade de sequestro de radicais livres, demonstrando que seus extratos são ricos em antioxidantes com potencial protetor contra o dano celular e o estresse oxidativo” (GRASA et al., 2016).
Para aprofundar essa técnica, selecionamos o conteúdo do canal da Nutricionista Patricia Leite, que já conta com mais de 8 milhões de inscritos. No vídeo a seguir, a nutricionista detalha visualmente que descrevemos acima:
Um suporte nutricional e terapêutico
O milho verde é um cereal de alto valor funcional, com propriedades curativas essenciais para o corpo. A validação científica de seus compostos bioativos, como a luteína e a zeaxantina, reforça seu papel como um alimento funcional indispensável para a saúde ocular e o equilíbrio digestivo.
- O milho verde é rico em luteína e zeaxantina, princípios ativos que protegem a retina e a saúde ocular.
- Sua alta concentração de fibras confere benefícios terapêuticos cruciais para a digestão e a prevenção da constipação.
- O cereal possui forte ação antioxidante, protegendo as células contra o estresse oxidativo e o envelhecimento.
Referências bibliográficas
- GRASA, B. R. et al. Antioxidant capacity and phenolic composition of different stages of corn (Zea mays L.) kernel. Food Chemistry, v. 200, p. 28-35, 2016.
- KRINSKY, N. I. The antioxdant capacity of the macula: protection against photochemical damage. Photochemistry and Photobiology, v. 78, n. 6, p. 557-565, 2003.
- VAN DER WAAL, T. M. H. et al. Resistant starch and dietary fiber in corn products: implications for gastrointestinal health. Journal of Food Science, v. 83, n. 5, p. 1324-1331, 2018.







