Imagina você navegando pelas novidades dos jogos e descobrir que um título indie completamente desconhecido desbancou os grandões da indústria. É exatamente isso que aconteceu com Blue Prince, desenvolvido pelo estúdio Dogubomb, que simplesmente apareceu do nada e conquistou o topo das avaliações críticas.
Com uma nota impressionante de 92 no Metacritic, Blue Prince conseguiu algo quase impossível: superar jogos como Monster Hunter Wilds, Kingdom Come: Deliverance 2 e Assassin’s Creed Shadows. O jogo foi lançado no dia 10 de abril e está disponível no PlayStation 5, Xbox Series X/S e PC, além de estar liberado de graça no Xbox Game Pass e PlayStation Plus Extra.
Do que se trata essa obra-prima inesperada?
Blue Prince conta a história de Simon, um cara que herda uma mansão mágica chamada Mount Holly do seu tio-avô. A propriedade tem 45 quartos conhecidos, mas existe um misterioso 46º quarto que Simon precisa encontrar para garantir sua herança. O pulo do gato é que a mansão muda de cara todos os dias, criando novos desafios e quebra-cabeças.
O jogo funciona como um roguelike, onde você escolhe qual porta abrir e qual quarto aparece atrás dela. Cada decisão molda seu caminho pela mansão, e quando o dia acaba, tudo reseta e você precisa começar de novo. Parece frustrante, mas na verdade é viciante. É como se fosse um jogo de cartas onde você vai construindo sua própria aventura.
Por que os críticos estão enlouquecendo com ele?
A crítica está literalmente apaixonada por Blue Prince. No OpenCritic, 95% dos críticos recomendam o jogo, e as resenhas estão cheias de elogios exagerados. Um reviewer da Eurogamer deu cinco estrelas e destacou como o jogo consegue manter seus segredos escondidos e revelá-los aos poucos.
Outro ponto que chamou atenção é a profundidade dos mistérios. O jogo não é só sobre encontrar o 46º quarto. Existe toda uma trama envolvendo a mãe desaparecida de Simon, uma escritora de livros infantis chamada Mary Jones que se envolveu com um grupo de resistência. A história vai muito além do que parece no começo.
Quem está por trás dessa surpresa?
Blue Prince foi criado principalmente por Tonda Ros, que trabalhou sozinho no projeto por oito anos. O cara se inspirou no livro Maze: Solve the World’s Most Challenging Puzzle de Christopher Manson, que tinha 45 salas ilustradas e desafiava o leitor a encontrar o caminho mais curto do início ao centro e de volta.
Ros conseguiu até mesmo convencer Christopher Manson a participar do projeto, criando arte e um dos quebra-cabeças do jogo. Outros puzzles foram inspirados em nomes como Martin Gardner e Raymond Smullyan. O desenvolvedor também se baseou em jogos de tabuleiro que usam mecânicas de drafting, onde você escolhe cartas de um pool aleatório.
Como o jogo está performando na prática?
No Steam, Blue Prince tem 87% de avaliações positivas dos usuários nos últimos 30 dias, baseado em mais de mil reviews. O jogo custa R$ 88,99 na plataforma, mas quem tem Xbox Game Pass ou PlayStation Plus Extra pode jogar de graça. Essa disponibilidade nos serviços de assinatura ajudou muito na popularização.
A recepção positiva não é só da crítica especializada. Os jogadores estão realmente engajados, muitos falando que é o tipo de jogo que faz você querer apagar sua memória só pra jogar tudo de novo. Tem gente comparando com clássicos como Myst e The 7th Guest, jogos que marcaram época nos anos 90.
Qual o segredo do sucesso de Blue Prince?
Blue Prince conseguiu algo raro: combinar nostalgia com inovação. Ele pega a essência dos adventure games clássicos e mistura com mecânicas modernas de roguelike. O resultado é um jogo que parece familiar mas ao mesmo tempo completamente único. É o tipo de experiência que você não encontra todo dia.
Até o criador do Balatro, outro indie de sucesso, está fazendo campanha para que Blue Prince seja indicado ao Game of the Year. Isso mostra como a comunidade de desenvolvedores reconhece a qualidade do trabalho. Com apenas quatro meses de 2025, Blue Prince já se posicionou como um dos candidatos mais fortes aos prêmios de fim de ano.










