Em um mundo cada vez mais digital, aplicativos que parecem inofensivos, como redes sociais e jogos, podem representar riscos significativos para a privacidade dos usuários. Apesar das promessas de muitas plataformas em proteger os dados pessoais, a realidade pode ser bem diferente. Empresas como a Meta, responsável por aplicativos populares como Instagram e Facebook, não são totalmente transparentes sobre o destino dos dados coletados. O mesmo ocorre com plataformas como o X (antigo Twitter) e TikTok.
Este artigo explora sete aplicativos que podem comprometer a privacidade dos usuários sem que eles percebam. A seguir, são apresentados detalhes sobre como esses aplicativos lidam com os dados pessoais e o impacto potencial sobre a privacidade.
Quais aplicativos populares podem comprometer sua privacidade?
O TechTudo identificou sete aplicativos que podem representar riscos à privacidade dos usuários. A lista inclui desde jogos até plataformas de streaming, cada um com suas particularidades em relação à coleta e compartilhamento de dados.
Candy Crush: diversão ou risco?
O Candy Crush, um jogo amplamente popular, pode ser mais do que apenas uma diversão viciante. Embora seja comum que jogos coletem dados para melhorar a experiência do usuário, o Candy Crush vai além ao compartilhar cerca de 8,6% dos dados pessoais dos usuários com terceiros. Para aqueles que buscam entretenimento sem comprometer a segurança dos dados, alternativas como Roblox e Monopoly GO! podem ser opções mais seguras.
Duolingo: aprendizado e compartilhamento de dados
O Duolingo, famoso por ensinar idiomas de forma divertida, também está entre os aplicativos que mais coletam e compartilham dados dos usuários. A plataforma admite que informações podem ser repassadas para a OpenAI, responsável pelo ChatGPT, e recomenda cautela com os dados inseridos no aplicativo. Cerca de 20% das informações coletadas são compartilhadas com terceiros.
Como o TikTok lida com seus dados?
O TikTok tem sido alvo de polêmicas devido à sua política de coleta de dados. O aplicativo processa uma variedade de informações, desde o modelo do telefone até a localização em tempo real dos usuários. Além disso, o TikTok lê textos e pode coletar qualquer informação digitada, compartilhando 23% dos dados com terceiros, incluindo empresas de publicidade.
X (antigo Twitter): coleta e venda de dados
O X, anteriormente conhecido como Twitter, também coleta uma quantidade significativa de dados pessoais. Utilizados para treinar modelos de inteligência artificial, cerca de 30% dessas informações são vendidas para terceiros. A plataforma monitora tweets, mensagens diretas e até mesmo a rolagem de tela dos usuários, além de utilizar dados biométricos sem explicações claras.
Spotify: música e publicidade personalizada
O Spotify, ao tocar uma música, coleta uma ampla gama de informações sobre o usuário. Esses dados, que representam 17% do total coletado, são usados principalmente para criar conteúdos publicitários personalizados. Informações sobre humor, rotinas e padrões de comportamento são analisadas e utilizadas pela plataforma.
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Amazon e Prime Video: personalização e compartilhamento
A Amazon e o Prime Video também são conhecidos por coletar grandes volumes de dados dos usuários. Enquanto a Amazon utiliza essas informações para personalizar anúncios e sugestões de produtos, o Prime Video analisa interações detalhadas, como o número de vezes que um conteúdo é pausado. A Amazon compartilha cerca de 6% dos dados coletados, enquanto o Prime Video chega a quase 9%.
Aplicativos da Meta: coleta extensiva de dados
Os aplicativos da Meta, como Instagram, Facebook, Messenger e Threads, são notórios pela coleta extensiva de dados pessoais. Mais de 91% dos dados dos usuários são coletados, com cerca de 69% sendo compartilhados com terceiros. Embora a empresa afirme que tudo é usado para publicidade, a falta de transparência sobre o tratamento desses dados é preocupante.
