Nos últimos anos, pesquisadores têm explorado de que forma a atividade física pode impactar não só o corpo, mas também a mente. Diversos estudos destacam que se movimentar regularmente está associado a benefícios relevantes para a saúde cerebral, incluindo melhorias cognitivas. Um estudo apresentado no Annals of Behavioral Medicine reforça essa relação, constatando que diferentes tipos de exercícios são capazes de elevar a velocidade de processamento mental, característica essencial para a cognição saudável.
Como o exercício faz diferença para o cérebro
É evidente que o exercício físico influencia o cérebro de múltiplas maneiras importantes. Quando estamos ativos, ocorrem adaptações que promovem a cognição e contribuem para a saúde cerebral global. Isso inclui o aumento na formação de novas células e o aprimoramento da neuroplasticidade, a habilidade do cérebro de se modificar ao longo do tempo.
Além de favorecer a neurogênese, o exercício estimula a produção do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), essencial para a aprendizagem e memória. Tais adaptações, em nível molecular e celular, promovem um cérebro mais resistente contra doenças neurodegenerativas, como a demência e o Parkinson.
O especialista Rafael Gratta, em seu perfil @rafaelgrattap, explicou como o exercício modifica seu corpo:
@rafaelgrattap Exercício é realmente um elixir pro cérebro. MFMA @Insider Store ♬ som original – Rafael Gratta
Atividades físicas leves também têm impactos positivos
O estudo acompanhou 204 adultos de 40 a 65 anos, avaliando suas rotinas e cognição. Os resultados indicaram que não apenas exercícios estruturados, como corrida ou ciclismo, mas também atividades diárias leves — como caminhar com o cachorro ou brincar com os filhos — contribuem para a saúde cerebral.
Os pesquisadores compararam a melhora na velocidade de processamento cognitivo ao rejuvenescimento cerebral de até quatro anos, mostrando que pequenas mudanças diárias podem trazer ganhos mensuráveis.
Conheça a quantidade ideal de atividade física para beneficiar o cérebro
Recomenda-se praticar pelo menos 150 minutos de exercícios de intensidade moderada semanalmente, associados a sessões de fortalecimento muscular em pelo menos dois dias. Estes padrões auxiliam não só a saúde cardiovascular, mas também estimulam a função cerebral.
A seguir, estão exemplos de atividades consideradas eficazes de acordo com as diretrizes:
- Caminhadas rápidas
- Ciclismo
- Jardinagem pesada
- Brincadeiras ativas com crianças ou pets

É possível prevenir doenças como a demência com exercícios físicos
Praticar exercícios físicos não garante a prevenção total de doenças cerebrais, mas as evidências mostram uma redução significativa no risco. Isso acontece porque a atividade física ajuda a regular fatores associados à demência, como hipertensão e colesterol elevado, além de melhorar a circulação sanguínea e o suprimento de oxigênio ao cérebro.
Manter o coração saudável por meio do exercício está diretamente ligado a um cérebro forte, e a adoção de hábitos ativos se destaca como uma estratégia relevante para reduzir o aparecimento de distúrbios neurodegenerativos. É importante lembrar também que a prática regular de exercícios pode ajudar a diminuir o estresse e os sintomas de ansiedade, o que repercute positivamente na função e no equilíbrio mental.
Outros hábitos importantes para proteger e estimular o cérebro
Além do movimento regular, é essencial cuidar de outros aspectos do estilo de vida a fim de preservar a agilidade mental. Entre esses fatores, uma boa noite de sono e o estímulo intelectual têm papel fundamental. Uma rotina que integra diferentes práticas cotidianas pode fortalecer ainda mais o cérebro.
Veja exemplos de estratégias complementares para manter a mente ativa e saudável:
- Desafiar-se com quebra-cabeças
- Buscar novos aprendizados
- Priorizar um sono de qualidade
- Alternar entre diferentes atividades físicas e mentais









