A pitanga (Eugenia uniflora) é uma planta nativa da América do Sul, amplamente reconhecida por seus usos na medicina popular e por seu potencial terapêutico investigado pela ciência nacional e internacional. Suas folhas, frutos e sementes concentram numerosos compostos bioativos que promovem benefícios à saúde humana. Nos últimos anos, a crescente valorização de remédios naturais tem impulsionado novos estudos sobre as propriedades medicinais da pitanga.
Destaques das propriedades curativas mais relevantes presentes na pitanga:
- Ação anti-inflamatória: princípio ativo que ajuda a controlar inflamações.
- Poder antioxidante: combate aos radicais livres no organismo.
- Efeito hipoglicemiante: contribuição para o equilíbrio da glicose.
Quais são as propriedades anti-inflamatórias da pitanga?
O extrato de pitanga apresenta relevante efeito anti-inflamatório, favorecido pela presença de compostos fenólicos e terpenos, como o beta-cariofileno e o ácido elágico. Esses fitoquímicos atuam significativamente na modulação da atividade de mediadores inflamatórios, aliviando sintomas associados a inflamações crônicas. Uma relação clara entre o uso da planta e o controle de processos inflamatórios pode ser observada em estudos farmacológicos recentes, como apresentado por Santos et al. em publicação científica de referência.
“O extrato etanólico das folhas de pitanga demonstrou atividade anti-inflamatória significativa em modelos experimentais, reduzindo a resposta inflamatória devido à presença de terpenoides e compostos fenólicos.” (Santos et al, v. 134, n. 3, p. 522-528, 2011).
Como funciona a ação antioxidante da pitanga?
A pitanga é rica em flavonoides, antocianinas e vitamina C, que conferem à planta destacada ação antioxidante. Esses princípios ativos neutralizam radicais livres e contribuem para a prevenção do envelhecimento precoce e doenças degenerativas. Segundo Garcia et al., pesquisas apontam o potencial dos extratos de pitanga para reduzir o estresse oxidativo em diferentes modelos biológicos.
“Os extratos obtidos a partir das folhas de pitanga apresentaram elevada capacidade de eliminação de radicais livres, atribuída à abundância de flavonoides e outros antioxidantes naturais” (Garcia et al, v. 44, n. 7, p. 2058-2064, 2011).
Qual é o efeito hipoglicemiante da pitanga?
Muitos estudos têm destacado os benefícios da pitanga no controle glicêmico. Os taninos e flavonoides presentes na folha são responsáveis pelo efeito hipoglicemiante, auxiliando na redução dos níveis de glicose no sangue. Essa propriedade tem grande relevância para pessoas que buscam alternativas naturais para prevenir ou controlar o diabetes tipo 2, conforme evidenciado em revisões científicas recentes.
“A administração de extratos de folhas de pitanga reduziu significativamente os níveis de glicose plasmática em modelos animais diabéticos, demonstrando efeito hipoglicemiante relevante” (Souza, V.P.; et al, v. 2016, Article ID 7524695, 2016).
Por que a pitanga é considerada antimicrobiana?
O uso tradicional das folhas de pitanga para tratar afecções cutâneas está relacionado ao seu potencial antimicrobiano. Compostos como o eugenol demonstram capacidade de inibir micro-organismos patogênicos, especialmente bactérias causadoras de infecções superficiais. Segundo pesquisa reconhecida nacionalmente, essa ação justifica o emprego popular da pitanga em chás, cataplasmas e banhos medicinais.
“O óleo essencial das folhas de pitanga apresentou efeito antimicrobiano contra uma ampla variedade de bactérias Gram-positivas e Gram-negativas” (Rodrigues, L. M. A.; et al, v. 44, n. 3, p. 939-946, 2013).
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Como a pitanga é utilizada tradicionalmente?
Na medicina popular, pitanga é utilizada por diferentes formas de preparo, que maximizam o aproveitamento de suas propriedades medicinais. Entre as práticas mais comuns, destacam-se:
- Chá das folhas, preparado por infusão, adotado para o alívio de dores reumáticas e febre.
- Polpa do fruto, consumida ao natural, reconhecida pelos efeitos digestivos e aporte de vitamina C.
- Uso tópico do óleo essencial diluído como antisséptico para lesões cutâneas leves.
Dica: O chá pode ser preparado utilizando 2 a 3 folhas frescas em 200 ml de água fervente, devendo ser consumido em pequenas doses ao longo do dia. A atenção ao preparo é fundamental para evitar concentrações elevadas, que podem favorecer efeitos adversos em pessoas sensíveis.
Quais são as evidências científicas mais recentes sobre a pitanga em 2025?
- Uso da pitanga é respaldado por uma série de estudos científicos comprovando o efeito anti-inflamatório, antioxidante, hipoglicemiante e antimicrobiano.
- A diversidade de compostos bioativos, como flavonoides, taninos e terpenos, fundamenta suas aplicações terapêuticas.
- As evidências científicas apresentadas neste artigo atualizam e confirmam a relevância da pitanga para a fitoterapia na atualidade, podendo contribuir inclusive em pesquisas conduzidas em Universidade de São Paulo e outras instituições de referência.
Referências bibliográficas
- Garcia, V.A.S.; et al. Antioxidant potential of Eugenia uniflora L. leaves and identification of phenolic compounds. Food Research International, v. 44, n. 7, p. 2058-2064, 2011.
- Rodrigues, L. M. A.; et al. Antimicrobial activity of essential oils from Brazilian aromatic plants. Brazilian Journal of Microbiology, v. 44, n. 3, p. 939-946, 2013.
- Santos, F.A.; et al. Anti-inflammatory and analgesic effects of Eugenia uniflora L. Journal of Ethnopharmacology, v. 134, n. 3, p. 522-528, 2011.
- Souza, V.P.; et al. Hypoglycemic and antioxidant activity of Eugenia uniflora L. leaf extract in diabetic rats. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, v. 2016, Article ID 7524695, 2016.










