No cenário atual, o impacto do álcool na saúde humana está em debate, com pesquisas recentes desafiando antigas percepções sobre eventuais benefícios. Hoje, evidências indicam que os riscos, sobretudo o aumento de doenças graves como câncer, podem superar qualquer vantagem anteriormente sugerida.
O álcool está relacionado ao risco aumentado de câncer
Cresce a preocupação sobre a relação do álcool com o câncer. Em 2025, o Cirurgião Geral dos Estados Unidos alertou que o consumo está ligado a pelo menos sete tipos de câncer, incluindo os de boca, mama, fígado e colorretal.
Esses dados apontam que o álcool é uma das principais causas evitáveis de câncer, associado a cerca de 100.000 novos casos e 200.000 mortes por ano nos EUA. O impacto é significativo e reforça a necessidade de conscientização sobre os riscos relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas. Além disso, órgãos como a Organização Mundial da Saúde vêm ressaltando a ausência de um nível “seguro” de consumo quando se trata da prevenção do câncer.
Como o álcool pode prejudicar o cérebro humano
A noção de que o álcool moderado seria benéfico ao cérebro está sendo revisitada. Novos estudos têm analisado dados de grandes grupos nos EUA e no Reino Unido para entender como o consumo impacta a saúde cerebral.
Essas pesquisas mostram que tanto bebedores pesados quanto leves podem apresentar aumento do risco de demência. Até mesmo o consumo considerado baixo já se associa a efeitos negativos sobre a função cerebral, contrariando crenças passadas. Também há evidências de que a exposição ao álcool durante a adolescência pode afetar negativamente o desenvolvimento do cérebro a longo prazo.

Quais são as limitações dos estudos observacionais sobre consumo de álcool
Os estudos observacionais têm limitações importantes, como o risco de viés nas informações e dificuldade de captar mudanças ao longo do tempo. Isso pode afetar a precisão das conclusões sobre os efeitos do álcool.
A randomização mendeliana oferece vantagens, mas depende de suposições genéticas que nem sempre são comprovadas, o que também gera incertezas. Por isso, é importante conhecer os principais pontos a serem considerados ao interpretar resultados de pesquisas sobre o tema:
- Possível subnotificação do consumo
- Variação nas características dos participantes
- Dependência de fatores genéticos específicos
- Resultados influenciados por outros comportamentos de saúde
Leia também: Estudo alerta que beber qualquer quantidade de álcool aumenta os riscos de demência
Quais são os efeitos da ingestão regular de álcool e alternativas para a saúde
A ingestão frequente de álcool está ligada a mudanças no microbioma intestinal e maior inflamação, fatores associados a doenças cardiovasculares e diabetes. O consumo diário, mesmo em pequenas quantidades, pode causar redução da matéria cinzenta e branca do cérebro, resultando em encolhimento cerebral.
Considerar as alternativas ao consumo de álcool é fundamental para proteger a saúde física e mental. Para aqueles que desejam relaxar sem recorrer ao álcool, é possível buscar opções que não causem danos ao organismo, como práticas de meditação, atividade física, ou o consumo de bebidas não alcoólicas desenvolvidas para momentos sociais, tendência crescente observada em grandes centros urbanos como Nova York e Londres.







