Cometas do Sistema Solar, como o famoso Cometa Lovejoy, adquirem um tom verde ao se aproximarem do Sol. Agora, parece que o viajante interestelar mais recente, o cometa 3I/ATLAS, está exibindo essa mesma tonalidade. Mas, por que isso é intrigante?
- O brilho verde geralmente indica a presença de moléculas de dicarbono.
- 3I/ATLAS exibe um comportamento químico peculiar, com poucos sinais de dicarbono.
- A estrutura química do cometa ainda guarda muitos mistérios.
Por que cometas brilham de verde?
À medida que os cometas se aproximam do Sol, o calor faz com que os gases presos no núcleo rochoso sublime, criando uma atmosfera gasosa, ou coma.
Estimuladas pela radiação solar, as moléculas dessa coma emitem fluorescência, resultando em uma gama de cores visíveis.
O que torna o 3I/ATLAS único?
Observações feitas pelo James Webb Space Telescope revelam que o 3I/ATLAS possui uma composição química peculiar, com proporções maiores que o normal de dióxido de carbono.
Elementos como níquel e cianogênio também foram detectados. Contudo, eles não são conhecidos por causarem a fluorescência verde registrada.
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A relevância do dicarbono
O dicarbono, frequentemente associado ao brilho verde, não tem sido detectado de forma clara no 3I/ATLAS.
O documento de preprint liderado pelo astrônomo Luis Salazar Manzano sugere uma forte depleção de moléculas de cadeias de carbono.
A esperança de descobertas futuros
Os especialistas seguem intrigados pela composição química de 3I/ATLAS. A esperança é que, com mais dados, seja possível desvendar esse mistério em sua aproximação mais próxima da Terra em dezembro.
- O cometa mostra uma depleção de cadeias de carbono como jamais visto.
- Há especulações sobre outras moléculas desconhecidas no brilho verde.
- Os estudos futuros poderão revelar mais sobre a química dos cometas interestelares.










