Uma equipe internacional de cientistas revelou novas descobertas sobre exoplanetas sub-Netuno, também conhecidos como supostos mundos aquáticos. Estes planetas, em sua maioria compostos por água, pareciam ser locais promissores para o surgimento de vida. No entanto, pesquisas recentes sugerem que planetas semelhantes à Terra podem ser mais comuns do que se imaginava.
- Sub-Netunos podem não ser tão ricos em água quanto se pensava
- Planetas terrestres mais comuns sugerem novas possibilidades para a vida
- Implicações sobre a formação planetária e a busca por vida extraterrestre
Sub-Netunos são menos aquáticos do que se pensava?
Novo estudo revela que muitos sub-Netunos, maiores que a Terra mas menores que Netuno, podem não possuir a quantidade de água antes prevista. Estes planetas se formam longe de seu astro, onde o gelo predominaria, mas ao migrarem a órbitas mais próximas, o gelo derreteria em oceanos com atmosferas ricas em hidrogênio.
Cientistas chamam esses planetas de mundos Hiceanos. Entretanto, uma vulnerabilidade fundamental neste conceito foi destacada: a cobertura em magma quente criaria uma camada de hidrogênio, afetando a química interna e levando à diminuição da quantidade de água líquida disponível.
Por que nossos modelos de formação planetária falharam?
Pesquisas anteriores falharam em considerar o “acoplamento químico” entre a atmosféra dos planetas e seu interior. Isso resultava na superestimação da quantidade de H2O na superfície. Com novas simulações, os cientistas descobriram que a maioria das moléculas de água são destruídas, reduzindo a água a apenas alguns poucos por cento da superfície planetária.
A professora Caroline Dorn, do ETH Zurich, destacou que seus cálculos mostram que não há mundos distantes com camadas massivas de água conforme predito. Mundos Hiceanos com alta porcentagem de água são, portanto, improváveis.

Planetas semelhantes à Terra: comuns e promissores?
Embora os planetas aquáticos sejam menos prováveis, a frequência de planetas semelhantes à Terra pode ser bem maior do que se pensava. Isso abre novas perspectivas sobre onde procurar vida fora do nosso sistema.
Segundo Dorn, a Terra pode não ser tão extraordinária e, provavelmente, representa um tipo comum de planeta. Os impactos desses achados nos modelos de formação planetária são significativos, pois sugerem um reenfoque nos planetas de menor porte nas futuras pesquisas de vida no cosmos.
O que tudo isso significa para a busca por vida extraterrestre?
As descobertas recentes poderiam reduzir a probabilidade de encontrar vida além da Terra da forma como conhecemos nos mundos aquáticos. Contudo, o aumento potencial de planetas semelhantes à Terra amplia as esperanças de descoberta de formas de vida similares às terrestres.
- Sub-Netunos possuem menos água superficial devido a processos químicos inesperados
- Planetas terrestres mais comuns podem abrigar vida semelhante à Terra
- Futuros observatórios são essenciais para confirmar essas hipóteses










