O telescópio espacial James Webb alcançou um marco significativo em 2025 ao registrar a primeira imagem direta de um exoplaneta, marcando um avanço importante na busca por mundos fora do Sistema Solar. A descoberta, publicada na revista Nature, destaca o exoplaneta TWA 7b, localizado a cerca de cem anos-luz da Terra, na constelação de Hidra. Este feito representa um novo patamar para a astronomia, já que a maioria dos exoplanetas identificados até hoje foi detectada por métodos indiretos, como o trânsito diante de suas estrelas.
O TWA 7b orbita uma estrela jovem, com apenas 6,4 milhões de anos, cercada por um disco de gás e poeira, cenário ideal para o nascimento de planetas. O sistema, observado anteriormente por outros telescópios, chamou a atenção dos cientistas devido à sua proximidade relativa e à disposição favorável do disco, que permite uma visão clara das estruturas ao redor da estrela. A identificação do planeta foi possível graças à tecnologia avançada do Webb, que superou desafios tradicionais na observação direta de exoplanetas.
Como o James Webb conseguiu captar a imagem de TWA 7b?
Observar exoplanetas diretamente é uma tarefa complexa, principalmente porque esses corpos celestes emitem pouca luz e ficam ofuscados pelo brilho intenso de suas estrelas. O James Webb, equipado com o instrumento MIRI e um coronógrafo, conseguiu bloquear a luz da estrela TWA 7, criando um efeito semelhante a um eclipse solar. Isso permitiu que o telescópio identificasse uma fonte luminosa incomum dentro de um dos anéis do disco, que posteriormente foi confirmada como o exoplaneta TWA 7b.
Quais são as características do exoplaneta TWA 7b?
A análise dos dados coletados revelou que TWA 7b possui uma massa comparável à de Saturno, sendo consideravelmente menor e mais frio do que outros exoplanetas já registrados por imagem direta. A localização do planeta, em uma região vazia do segundo anel do disco, sugere que ele pode estar influenciando a estrutura do material ao seu redor. O fato de o Webb ter conseguido detectar um planeta com essas características indica um avanço significativo na sensibilidade dos instrumentos astronômicos.
- Massa estimada: semelhante à de Saturno
- Distância da Terra: aproximadamente 100 anos-luz
- Idade da estrela: 6,4 milhões de anos
- Localização: dentro de um disco de gás e poeira

Por que a descoberta de TWA 7b é importante para a busca por exoplanetas?
A detecção de TWA 7b por imagem direta representa um avanço no estudo de planetas fora do Sistema Solar, especialmente aqueles de menor massa. Até então, a maioria dos exoplanetas observados diretamente era composta por gigantes gasosos muito maiores que Júpiter. O Webb ampliou em dez vezes a capacidade de identificar planetas menores, aproximando os cientistas do objetivo de encontrar mundos semelhantes à Terra. Esse progresso é fundamental para entender a formação de sistemas planetários e avaliar a possibilidade de existência de vida em outros lugares do universo.
- Permite estudar planetas em estágios iniciais de formação
- Ajuda a compreender a dinâmica dos discos protoplanetários
- Abre caminho para a detecção de planetas rochosos
- Contribui para a análise da diversidade de sistemas planetários
O que esperar das próximas descobertas com o James Webb?
Com a confirmação da capacidade do James Webb de registrar imagens diretas de exoplanetas menores, a expectativa é que novos mundos sejam identificados nos próximos anos. Astrônomos acreditam que, com o aprimoramento de técnicas e o uso de telescópios ainda mais potentes, como o Extremely Large Telescope previsto para entrar em operação em 2028, será possível detectar planetas ainda mais parecidos com a Terra. Essas descobertas vão enriquecer o conhecimento sobre a formação planetária e a diversidade de ambientes cósmicos, aproximando a ciência da resposta à antiga questão sobre a existência de vida fora do Sistema Solar.








