O momento certo para trocar os tênis é uma dúvida comum entre quem utiliza esse tipo de calçado no dia a dia, seja para caminhar, trabalhar ou praticar esportes. Embora muitas pessoas só considerem a substituição quando o tênis apresenta sinais visíveis de desgaste, especialistas em saúde e esportes alertam que esperar até esse ponto pode trazer riscos para a saúde dos pés e das articulações.
De acordo com pesquisas recentes e recomendações de profissionais, a durabilidade dos tênis está diretamente relacionada à frequência de uso e ao tipo de atividade realizada. Por isso, identificar os sinais de desgaste e conhecer os intervalos ideais para a troca é fundamental para evitar dores e lesões.
Quais fatores indicam que é hora de trocar os tênis?
O desgaste do solado é um dos principais indicadores de que o calçado precisa ser substituído. Quando a sola perde o relevo original ou apresenta áreas lisas, a capacidade de absorção de impacto diminui, aumentando o risco de lesões. Além disso, a deformação da palmilha, perda de amortecimento e desconforto durante o uso são sinais de alerta.
Outros fatores que devem ser observados incluem:
- Rachaduras ou furos na parte externa do calçado;
- Desgaste irregular, que pode indicar problemas na pisada;
- Cheiro persistente, mesmo após a limpeza;
- Costuras soltas ou partes descoladas.
Cada quanto tempo é recomendado trocar os tênis?
A frequência ideal para trocar os tênis varia conforme o uso. Especialistas sugerem alguns parâmetros para orientar essa decisão:
- Tênis de uso diário: Devem ser trocados após percorrer entre 600 e 800 quilômetros. Para quem caminha cerca de 5 quilômetros por dia, isso equivale a aproximadamente cinco a seis meses de uso contínuo.
- Tênis de corrida ou treino: O desgaste costuma ser mais rápido. A recomendação é substituir o par a cada 400 a 600 quilômetros, o que corresponde a quatro a seis meses para quem treina regularmente.
- Tênis de uso ocasional: Como são utilizadas com menor frequência, podem durar até um ano, desde que estejam bem conservadas e sem danos aparentes.
Esses números são estimativas e podem variar de acordo com o peso da pessoa, o tipo de solo e as condições de armazenamento do calçado.

Por que não se deve esperar até o calçado rasgar?
Muitas vezes, o aspecto externo dos tênis pode enganar. Mesmo sem sinais visíveis de danos, a estrutura interna, como a entressola e o sistema de amortecimento, pode estar comprometida. Quando o calçado perde a capacidade de absorver impactos, aumentam as chances de dores nos pés, tornozelos, joelhos e até na região lombar.
Além disso, o uso prolongado de tênis desgastadas pode causar:
- Maior risco de torções e esguinces;
- Aparecimento de bolhas e calos;
- Desconforto durante atividades físicas;
- Desalinhamento da pisada.
Como aumentar a vida útil dos tênis?
Para prolongar a durabilidade dos tênis, algumas práticas simples podem ser adotadas. Alternar entre dois pares, especialmente para quem corre ou treina com frequência, permite que o material do calçado se recupere entre os usos. Manter os tênis limpos e secos, evitando exposição ao sol intenso ou umidade, também contribui para preservar suas características.
Outras dicas incluem:
- Utilizar meias adequadas para evitar o acúmulo de suor;
- Guardar os tênis em locais arejados;
- Evitar lavar na máquina, optando por limpeza manual;
- Verificar periodicamente o estado das palmilhas e solados.
Manter atenção aos sinais de desgaste e seguir as recomendações de troca contribui para a saúde dos pés e o conforto durante o uso dos tênis. O cuidado preventivo com o calçado pode evitar dores e lesões, garantindo melhor desempenho nas atividades diárias e esportivas.







