O barulho de fogos de artifício e outros ruídos intensos costuma ser um desafio para muitos cães, especialmente em datas festivas como Natal e Ano-Novo. Estalos repentinos, luzes fortes e a duração prolongada dos ruídos podem provocar estresse, tremores, latidos excessivos, tentativa de fuga e até comportamento agressivo em animais que, no dia a dia, parecem tranquilos. Por isso, tutores passaram a buscar estratégias seguras para proteger o bem-estar dos animais durante esses períodos e ao longo de todo o ano.
Como identificar o estresse por fogos de artifício em cães
Antes de pensar em remédios ou ferramentas específicas, é importante reconhecer os sinais de que o cão está sofrendo com o barulho dos fogos. Alguns apresentam sintomas discretos, como inquietação e busca constante por esconderijos; outros demonstram medo intenso, com respiração ofegante, salivação excessiva e vocalizações frequentes.
Entre os sinais mais comuns de medo de fogos em cães, estão alterações posturais, mudanças de apetite e tentativas de fuga pela porta ou pelas janelas. Ao notar esses padrões em épocas festivas ou durante tempestades, torna-se recomendável planejar medidas preventivas com antecedência e, se necessário, buscar orientação profissional.
Quais são os principais sinais de medo de fogos em cães
Os sinais de desconforto costumam surgir logo nos primeiros estouros, mesmo quando parecem distantes. Nessa fase, o tutor pode observar se o cão procura esconderijos, se apresenta tremores ou se tenta chamar atenção com latidos insistentes. A intensidade do medo varia conforme a sensibilidade individual e experiências anteriores do animal.
Entre os sinais mais comuns de medo de fogos em cães, estão:
- Tremores, cauda entre as pernas e orelhas baixas;
- Andar de um lado para o outro sem descanso, aparentando inquietação;
- Latir, uivar ou ganir durante os estouros constantes;
- Arranhar portas, móveis ou tentar cavar cantos da casa para se esconder;
- Falta de interesse por comida e água naquele período de maior barulho.
Como proteger o cão do estresse causado por fogos de artifício
O manejo do medo de fogos em cães envolve uma combinação de ambiente adequado, apoio emocional, recursos naturais e, em casos específicos, medicamentos prescritos. A preparação feita dias ou semanas antes das festas costuma trazer melhores resultados do que ações tomadas apenas no momento dos estouros, permitindo que o cão se acostume gradualmente às mudanças.
Uma estratégia bastante usada é transformar a casa em um local mais acolhedor e protegido. Fechar portas, janelas e cortinas ajuda a reduzir o som e a luminosidade dos fogos, enquanto ruídos de fundo suaves podem mascarar parte dos estrondos. Muitos tutores escolhem um cômodo tranquilo para montar um “refúgio seguro” com cama, brinquedos, água e objetos familiares, respeitando sempre a preferência individual do animal.
Para aprofundarmos no tema, trouxemos o vídeo do especialista @gustavolandgraf97:
@gustavolandgraf97 3 DICAS QUE VÃO SALVAR A VIDA DO SEU CACHORRO DURANTE A QUEIMA DE FOGOS O ouvido canino é capaz de perceber uma frequência maior de sons, se comparado a humanos, e podem detectar sons quatro vezes mais distantes. Por esse motivo, a queima de fogos com barulho, em comemorações como o réveillon, torna-se um momento de desespero para os animais domésticos e silvestres. Mesmo com leis municipais proibindo fogos com estampido (sons de tiro), eles ainda podem ser ouvidos em grandes comemorações ou dias de final de campeonato de futebol. Por isso, é importante que as pessoas tomem algumas providências para atenuar o impacto do barulho excessivo nos seus bichinhos de estimação. ➡️ Compartilhe este vídeo para que possamos ajudar mais famílias e cãezinhos. #dicas #fogos #fogosdeartificio #réveillon #proteção #cães #caes #gatos #festas ♬ Epic Inspiration – DM Production
Quais recursos naturais podem ajudar cães com medo de barulhos fortes
Outra medida frequente é o uso de suplementos calmantes naturais, indicados por médicos-veterinários. Produtos à base de valeriana, camomila, passiflora, triptofano, magnésio ou feromônios sintéticos podem auxiliar na redução da ansiedade de forma gradativa, especialmente quando associados a um ambiente calmo e rotinas previsíveis.
Também há tutores que recorrem ao CBD para animais, sempre sob orientação profissional, especialmente em casos de fobias intensas ou histórico de crises graves. A automedicação, principalmente com sedativos humanos ou substâncias não recomendadas, é considerada um risco para a saúde do cão e pode mascarar sintomas importantes sem tratar a causa do problema.
Quais estratégias ajudam o cão a lidar melhor com ruídos intensos
Além do ambiente preparado e dos recursos naturais, muitas famílias apostam em técnicas de treinamento e dessensibilização a fogos. Esse processo costuma ser feito ao longo do ano, com reprodução controlada de sons de fogos em volume baixo, aumentando gradualmente enquanto o cão é recompensado com petiscos, brinquedos ou carinho, criando uma associação mais positiva.
Entre as estratégias mais citadas por tutores e profissionais, destacam-se:
- Ruído de fundo: uso de televisão, ventilador, música ambiente ou playlists relaxantes para abafar parte dos estouros.
- Brinquedos interativos: brinquedos recheáveis, jogos de olfato e snacks de longa mastigação, que ocupam a mente e aliviam a tensão.
- Contato físico, quando bem aceito: alguns cães se acalmam com a presença próxima do tutor, enquanto outros preferem ficar sozinhos no esconderijo escolhido.
- Roupas compressivas ou bandagens específicas: coletes e faixas que exercem leve pressão no corpo podem transmitir sensação de segurança.
- Planejamento de rota de fuga segura: garantir que portas, portões e janelas estejam bem fechados para evitar fugas em momentos de pânico.
Como manter o cuidado contínuo e a prevenção ao longo do ano
O manejo do estresse por fogos de artifício em cães tende a ser mais eficaz quando não se limita às datas comemorativas. Trabalhar a socialização sonora desde filhote, promover experiências positivas com diferentes ruídos e manter uma rotina estável de passeios, brincadeiras e descanso contribuem para animais mais equilibrados e confiantes.
Em resumo, a combinação de ambiente seguro, suporte emocional, recursos naturais, acompanhamento veterinário e treinamento progressivo oferece um conjunto de ferramentas para reduzir o impacto dos fogos na vida dos cães. Cada animal reage de forma particular, por isso a observação atenta e a adaptação das estratégias às necessidades individuais formam a base de um cuidado mais respeitoso e eficiente ao longo de toda a vida.
