Gases nocivos podem causar problemas de saúde mais graves do que apenas dificuldades respiratórias. Pesquisas mostram uma ligação entre a exposição a partículas ultrafinas e tumores cerebrais agressivos.
- Exposição a partículas finas pode contribuir para o desenvolvimento de tumores cerebrais.
- A poluição do ar afeta mais do que apenas os pulmões, prejudicando também o cérebro.
- Crianças e idosos são grupos particularmente vulneráveis à poluição atmosférica.
Qual a relação entre poluição e saúde cerebral?
De acordo com a Euronews, um estudo do Instituto de Câncer Dinamarquês relaciona a exposição prolongada a partículas finas e ultrafinas ao desenvolvimento de meningioma, um tipo comum de tumor cerebral.
A autora do estudo, Ulla Hvidtfeldt, ressalta que a pesquisa ainda está nos estágios iniciais, mas já sugere uma ligação com exposição a partículas ultrafinas relacionadas ao trânsito. Apesar dos meningiomas não serem geralmente cancerígenos, eles podem causar sintomas neurológicos graves.
Por que esta descoberta é significativa?
As descobertas reforçam estudos anteriores que conectam PM2.5 a danos cerebrais, câncer e morte prematura, além de substâncias tóxicas a riscos maiores de demência.
O estudo destaca que, além de nossos pulmões, a poluição afeta o cérebro. Fontes comuns como escapamento de trânsito, fumaça e produtos domésticos contribuem para essa exposição frequente a poluentes.
Crianças, idosos e comunidades de baixa renda correm maiores riscos devido à exposição prolongada e acesso limitado a infraestrutura de ar limpo.

Ações para combater o problema
Embora não existam confirmações de que qualidade do ar reduz o risco de tumores cerebrais, melhorar o ar ainda traz benefícios à saúde pública. Por isso, ações para limpar o ar, incluindo a defesa em locais de trabalho, são urgentes.
Governos ao redor do mundo estão realizando ações para reduzir a poluição do ar. Na Europa, busca-se uma redução de 55% de mortes prematuras causadas pela poluição, conforme a Agência Europeia do Ambiente. Na Ásia, soluções de monitoramento da qualidade do ar estão em implementação, segundo a Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico.
Indivíduos podem adotar medidas locais e apoiar iniciativas comunitárias por ar mais limpo. Escolher veículos elétricos, utilizar transporte público e instalar painéis solares são formas de contribuir para a redução de gases nocivos.
Além disso, o uso de máscaras de alta filtragem em áreas com alta poluição e o cultivo de plantas internas capazes de absorver poluentes são estratégias complementares para proteger a saúde cerebral. À medida que os cientistas continuam investigando a conexão entre qualidade do ar e saúde cerebral, este estudo é um lembrete crucial: um ambiente mais limpo não é apenas melhor para o planeta, mas pode também proteger nossos cérebros.
Principais lições desta pesquisa
- Poluentes atmosféricos afetam mais que os pulmões; eles ameaçam a saúde cerebral.
- Crianças e idosos são os mais vulneráveis aos efeitos de gases nocivos.
- Medidas locais e globais são urgentes para reduzir a poluição e proteger a saúde pública.







