Ao longo da história do Sistema Solar, a possibilidade de uma estrela de passagem cruzar seu caminho sempre intrigou cientistas e astrônomos. Embora o destino da Terra esteja atrelado à evolução do Sol, que deverá engolir o planeta em bilhões de anos, novas pesquisas indicam que outros riscos podem surgir muito antes desse evento. Entre eles, destaca-se a chance de uma estrela errante perturbar a estabilidade dos planetas que orbitam o Sol.
Estudos recentes baseados em milhares de simulações computacionais sugerem que o trânsito de estrelas próximas pode ter um impacto maior do que se imaginava anteriormente. Essas estrelas, ao se aproximarem do Sistema Solar, exercem influência gravitacional suficiente para alterar as órbitas de planetas e objetos menores, como Plutão. Os resultados dessas simulações apontam para riscos que, embora pequenos, não podem ser completamente descartados.
Como uma estrela de passagem pode afetar o Sistema Solar?
O fenômeno de uma estrela de passagem ocorre quando um astro se aproxima da região onde o Sistema Solar está localizado, mesmo que por um breve período. Durante esse encontro, a força gravitacional da estrela pode modificar as trajetórias dos planetas, asteroides e outros corpos celestes. Esse tipo de interação, apesar de raro, já foi registrado em escalas menores ao longo da história cósmica.
As simulações indicam que planetas gigantes, como Júpiter e Saturno, podem ter suas órbitas alteradas de forma significativa. Plutão, por exemplo, pode passar de uma órbita estável para um caminho caótico, aumentando as chances de ser ejetado do Sistema Solar. Além disso, mesmo planetas internos, como Mercúrio e Marte, podem ser afetados, elevando o risco de colisões ou expulsões.
Quais são as probabilidades de colisão ou expulsão de planetas?
Segundo os dados mais recentes, a chance de uma estrela de passagem causar a expulsão de Marte ou uma colisão planetária é inferior a 1%, mas ainda assim superior ao que se estimava anteriormente. Para a Terra, a probabilidade de ser envolvida em uma colisão ou ser ejetada do Sistema Solar está em torno de 0,2%. Já para Mercúrio, esse risco pode chegar a até 80% em um horizonte de bilhões de anos.
- Plutão: Risco de instabilidade orbital em torno de 5%.
- Mercúrio: Probabilidade de instabilidade entre 50% e 80%.
- Marte: Chance de expulsão ou colisão próxima de 0,3%.
- Terra: Risco de colisão ou expulsão estimado em 0,2%.
Esses números, embora pequenos, representam um aumento significativo em relação às estimativas anteriores. O estudo ressalta que, apesar de improváveis, tais eventos não podem ser totalmente descartados ao se considerar escalas de tempo astronômicas.

O que as simulações revelam sobre o futuro do Sistema Solar?
As análises apontam que o Sistema Solar não é tão estável quanto se pensava. O trânsito de estrelas próximas pode desencadear mudanças importantes nas órbitas dos planetas, especialmente dos mais distantes. Em casos extremos, essas interações podem levar à expulsão de corpos celestes ou até mesmo a colisões entre planetas.
- Estrelas de passagem podem alterar a dinâmica orbital dos planetas.
- Planetas como Plutão e Mercúrio são mais vulneráveis a essas perturbações.
- Eventos desse tipo são raros, mas suas consequências podem ser drásticas.
Apesar de a maioria dos encontros com estrelas de passagem resultar apenas em pequenas alterações, as simulações reforçam a necessidade de considerar esses riscos ao estudar a evolução a longo prazo do Sistema Solar. A compreensão desses fenômenos ajuda a aprimorar modelos sobre a estabilidade dos planetas e a história do próprio sistema planetário.
Existe risco real para a Terra?
De acordo com os pesquisadores, a chance de uma estrela de passagem causar danos diretos à Terra é baixa, mas não nula. O risco de colisão ou expulsão do planeta é pequeno quando comparado ao tempo de vida restante do Sol. No entanto, a possibilidade de alterações orbitais que afetem o clima ou a habitabilidade da Terra não pode ser completamente ignorada em escalas de bilhões de anos.
Essas descobertas reforçam a complexidade do universo e mostram que, mesmo em meio à aparente estabilidade, o Sistema Solar está sujeito a influências externas. O monitoramento contínuo de estrelas próximas e o aprimoramento das simulações são essenciais para entender melhor os possíveis cenários futuros e garantir uma visão mais precisa sobre o destino dos planetas, incluindo a Terra.










