O filme F1 finalmente chegou aos cinemas internacionais no dia 25 de junho e nos Estados Unidos no dia 27 de junho de 2025. A produção dirigida por Joseph Kosinski e estrelada por Brad Pitt virou o assunto do momento entre fãs de cinema e de Fórmula 1. Com um orçamento estimado entre 200 e 300 milhões de dólares, o filme promete ser uma das maiores produções do ano. Lewis Hamilton, heptacampeão mundial, atua como produtor e consultor, garantindo que a autenticidade do esporte seja respeitada.
A história acompanha Sonny Hayes, interpretado por Brad Pitt, um ex-piloto dos anos 1990 que volta às pistas 30 anos depois para salvar a equipe APXGP da falência. Ao lado do jovem Joshua Pearce, vivido por Damson Idris, Hayes precisa enfrentar não só os adversários na pista, mas também seu próprio passado. O filme conta ainda com Javier Bardem, Kerry Condon e Toni Collette no elenco. Com 76% de aprovação no Rotten Tomatoes, a crítica elogiou principalmente as cenas de corrida e a química entre os protagonistas.
Como Brad Pitt se tornou um piloto convincente para o filme?
Brad Pitt levou muito a sério a preparação para o papel. Aos 61 anos, o ator treinou intensivamente para dirigir carros de Fórmula 1 de verdade durante as filmagens. Lewis Hamilton ficou impressionado com a dedicação do ator, chegando a comentar que ver Pitt dirigindo a mais de 180 mph foi “realmente impressionante de se ver, porque não é algo que você aprende da noite para o dia”.
Joseph Kosinski fez questão de capturar a realidade das corridas, filmando nos próprios circuitos da F1 durante os fins de semana dos Grandes Prêmios. Pitt e Damson Idris dirigiram carros Dallara F2 modificados com motores elétricos e pacotes aerodinâmicos de F1. Essa abordagem realista fez com que o ator descrevesse a experiência como “uma das mais extraordinárias” de sua carreira, admitindo que “você não pode competir com essa experiência”.
Por que Lewis Hamilton foi fundamental para a autenticidade do projeto?
Lewis Hamilton não foi apenas um nome famoso anexado ao projeto. Como produtor através de sua empresa Dawn Apollo Films, ele participou ativamente desde o desenvolvimento do roteiro até os detalhes técnicos das cenas. Hamilton consegue identificar inconsistências até nos sons dos carros, chegando ao ponto de dizer “não, isso é a curva 12, não a curva 16. Você precisa de mais reverberação na reta”.
O piloto britânico trabalhou diretamente com Kosinski e Jerry Bruckheimer para garantir que F1 se tornasse “o filme de corrida mais autêntico já feito”. Sua presença no set também ajudou Pitt e Idris a entenderem melhor a mentalidade de um piloto de F1. Hamilton ainda participou de reuniões com Apple, Formula 1 e nos processos de seleção do elenco, sendo uma voz ativa em todas as etapas da produção.
Como a produção conseguiu filmar durante corridas reais de F1?
A logística para filmar F1 foi uma das mais complexas já realizadas no cinema. A equipe criou a APXGP como uma 11ª equipe fictícia, com direito a box próprio posicionado entre Mercedes e Ferrari em Silverstone. As filmagens aconteceram durante fins de semana oficiais dos Grandes Prêmios de 2023 e 2024, incluindo Silverstone, Hungria, Itália e Abu Dhabi.
Kosinski e sua equipe tiveram que trabalhar em janelas muito apertadas, filmando entre as sessões de treino e classificação na frente de centenas de milhares de pessoas. Os atores participaram de cerimônias oficiais, como a execução dos hinos, ao lado dos 20 pilotos reais do grid. Todos os pilotos atuais fazem participações especiais como eles mesmos, incluindo Max Verstappen, Charles Leclerc e George Russell.
Quais desafios técnicos a produção enfrentou durante as filmagens?
As greves de atores em Hollywood causaram uma pausa de quatro meses nas filmagens, mas a produção conseguiu se adaptar e filmar em outros Grandes Prêmios. Contrariamente ao que alguns relatórios sugeriram, Bruckheimer e Kosinski afirmaram que as greves não exigiram regravações, apenas mudanças no cronograma. O orçamento final ficou entre 200 e 300 milhões de dólares, incluindo rebates e patrocínios.
A tecnologia de câmeras precisou ser adaptada para capturar a velocidade real dos carros. Kosinski usou a mesma abordagem de Top Gun: Maverick, priorizando efeitos práticos em vez de digitais. O resultado são cenas de corrida que colocam o espectador literalmente no banco do piloto, com uma cinematografia que alterna entre visões do cockpit e tomadas dinâmicas da pista.
Como F1 se compara com outras produções do diretor Joseph Kosinski?
Joseph Kosinski aplicou a fórmula de sucesso de Top Gun: Maverick no mundo das corridas. Assim como Tom Cruise realmente voou caças na sequência de Top Gun, Brad Pitt realmente dirigiu carros de corrida em F1. A parceria com Jerry Bruckheimer se mostrou certeira mais uma vez, criando um blockbuster que equilibra ação realista com drama emocional.
A trilha sonora conta com 17 faixas que misturam rap, pop e música eletrônica, com artistas como Roddy Rich, Burna Boy, Tate McRae e RAYE. O DJ Tiësto contribuiu com batidas eletrônicas que intensificam as sequências de corrida. Kosinski conseguiu criar uma experiência cinematográfica que funciona tanto para fãs de automobilismo quanto para quem nunca assistiu uma corrida de F1 na vida.
Por que F1 marca um momento especial para o cinema de ação?
F1 representa uma volta do cinema de ação baseado em efeitos práticos numa época dominada por CGI e universos cinematográficos. O filme prova que audiências ainda valorizam a autenticidade e o risco real por trás das cenas de ação. Brad Pitt aos 61 anos continua se dedicando fisicamente aos papéis, inspirando uma nova geração de atores a se comprometer completamente com seus personagens.
A colaboração entre Hollywood e a Fórmula 1 também abre precedentes para futuras produções esportivas. O filme conseguiu dar uma nova perspectiva ao esporte, atraindo novos fãs sem alienar os veteranos. Com F1 sendo o primeiro grande lançamento de Kosinski depois de Top Gun: Maverick, a expectativa é que ele continue explorando histórias que misturam adrenalina com emoção humana genuína.










