“O Brutalista” chegou aos cinemas brasileiros fazendo barulho. O filme estrelado por Adrien Brody estreou em 20 de fevereiro de 2025 e já mostrou porque é um dos grandes favoritos da temporada de premiações. Com 10 indicações ao Oscar 2025, incluindo Melhor Filme e Melhor Ator, a produção conta uma história poderosa sobre recomeço e perseguição de sonhos.
Dirigido por Brady Corbet, o filme tem um elenco impressionante com Felicity Jones, Guy Pearce e Joe Alwyn. A história se passa em 1947 e acompanha László Toth, um arquiteto húngaro que foge da Europa devastada pela guerra junto com sua esposa Erzsébet. Eles chegam aos Estados Unidos em busca de uma nova chance, mas descobrem que recomeçar nem sempre é fácil.
Por que “O Brutalista” virou sensação?
O filme chamou atenção por várias razões. Primeiro, Adrien Brody entrega uma atuação incrível que fez ele ganhar o Oscar de Melhor Ator no último domingo. Foi a segunda vez que o ator levou a estatueta para casa, repetindo o feito de “O Pianista” em 2003. Ele também fez história por ser o primeiro a ganhar duas vezes nas duas primeiras indicações que recebeu da Academia.
A produção impressiona também pelos números. Com orçamento de apenas 10 milhões de dólares, o filme conseguiu criar uma experiência visual incrível. Foi filmado em VistaVision, um formato clássico que não era usado há mais de 60 anos. Com 3 horas e 34 minutos de duração, até tem um intervalo no meio, como nos filmes épicos de antigamente.
Qual é a história que o filme conta?
“O Brutalista” retrata a jornada de László Toth, um arquiteto talentoso que sobreviveu ao Holocausto. Ele e sua esposa Erzsébet chegam aos Estados Unidos sem nada, tentando reconstruir suas vidas após os horrores da guerra. László luta para ser reconhecido como profissional, enfrentando preconceito e desconfiança por ser imigrante.
A grande virada acontece quando Harrison Van Buren, um empresário rico interpretado por Guy Pearce, decide contratar László para projetar um monumento modernista gigantesco. É a chance da vida do arquiteto, mas também o início de uma jornada que vai testar seus limites pessoais e profissionais. O projeto promete mudar não só a vida do casal, mas também a arquitetura americana.
Quem é Brady Corbet, o diretor?
Brady Corbet é um cineasta de apenas 36 anos que começou como ator antes de virar diretor. Ele participou de filmes como “Mysterious Skin” e “Martha Marcy May Marlene” antes de pegar a câmera. Seu primeiro filme como diretor foi “A Infância de Um Líder” em 2015, que já mostrou seu talento para histórias complexas sobre poder e trauma.
Depois veio “Vox Lux” em 2018, estrelado por Natalie Portman, que contava a história de uma pop star traumatizada. Corbet tem um estilo único de conectar eventos históricos com dramas pessoais. Ele gosta de explorar como grandes acontecimentos afetam vidas individuais, sempre com um olhar crítico sobre poder e sociedade.
O que torna o filme especial na temporada de premiações?
“O Brutalista” se destaca por várias razões técnicas e narrativas. O filme conquistou 97% de aprovação no Rotten Tomatoes e ganhou o Leão de Prata no Festival de Veneza. No Globo de Ouro 2025, levou para casa três prêmios importantes: Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator.
A produção também gerou polêmica ao usar inteligência artificial para ajustar o sotaque húngaro de Adrien Brody e Felicity Jones. Isso dividiu opiniões na indústria, especialmente depois das greves de atores e roteiristas de 2023 que discutiram exatamente o uso de IA no cinema. Mesmo assim, o filme manteve sua força na corrida ao Oscar.
Por que vale a pena assistir?
“O Brutalista” é mais que um filme sobre arquitetura ou imigração. É uma reflexão profunda sobre o sonho americano e o preço que se paga para alcançá-lo. Adrien Brody está simplesmente sensacional, mostrando toda a vulnerabilidade e força de um homem tentando reconstruir sua vida em terra estranha.
O filme também funciona como um retrato do pós-guerra e de como os Estados Unidos se construíram com o talento de imigrantes que chegavam fugindo de tragédias. A direção de Brady Corbet é madura e ambiciosa, criando um épico que dialoga com os grandes clássicos do cinema americano. Para quem gosta de filmes que fazem pensar e emocionar ao mesmo tempo, “O Brutalista” é parada obrigatória.










