O consumo de café é bastante difundido globalmente e tem despertado o interesse de pesquisadores devido aos seus possíveis benefícios para a saúde cerebral. Estudos sugerem uma associação entre o consumo habitual de café e a redução do risco de doenças neurodegenerativas, como Parkinson, Alzheimer e esclerose múltipla, ainda que os mecanismos exatos desses efeitos protetores permaneçam em investigação.
Como o consumo habitual de café pode proteger o cérebro?
A presença da cafeína como componente central do café tem papel relevante nos efeitos ao cérebro, principalmente pela sua ação nos receptores de adenosina, que influenciam o equilíbrio energético e a excitabilidade neuronal. Além disso, compostos como polifenóis podem atuar de forma sinérgica à cafeína. Vale ressaltar, porém, a diversidade de preparações e padrões de consumo, complicando a identificação exata dos mecanismos envolvidos.
Outros nutrientes presentes no café também podem contribuir para possíveis benefícios cerebrais, mas a atuação conjunta desses compostos é ainda motivo de estudos. O impacto dessas interações é observado principalmente em funções como memória e atenção.
A especialista Rosângela Haydem, no perfil @rosangelahaydemciencia explicou os benefícios do café:
@rosangelahaydemciencia O café é um dos maiores aliados do cérebro. A cafeína aumenta a vigília, melhora o foco, acelera o processamento mental e estimula a liberação de dopamina, neurotransmissor fundamental para motivação, clareza e memória. Além disso, o café é rico em polifenóis antioxidantes, que combatem a inflamação e ajudam a proteger os neurônios contra o envelhecimento precoce. Mas todo esse benefício pode ser sabotado quando adicionamos adoçantes artificiais. Estudos mostram que adoçantes como sucralose, acessulfame-K e aspartame alteram o microbioma intestinal, geram inflamação silenciosa e prejudicam a comunicação entre intestino e cérebro. Em mulheres acima dos 50 anos, esse impacto é ainda maior, porque o metabolismo da glicose já começa a ficar mais sensível, aumentando o risco de falhas de memória e nevoeiro mental. Se você quer proteger sua mente, fortalecer a memória e ter mais energia cerebral, comece com escolhas simples e inteligentes: café puro, sem adoçantes que atrapalham seu cérebro. Escreva livro nos comentários para participar do grupo oficial do pré-lançamento do meu novo livro e receber todas as informações em primeira mão.
♬ som original – Rosângela Haydem
O que pesquisas científicas revelam sobre a cafeína e a plasticidade cerebral?
A plasticidade cerebral é fundamental para o aprendizado e a memória, permitindo que o cérebro se reorganize frente a estímulos externos. A cafeína tem potencial para atuar nessa plasticidade ao regular o cálcio intracelular e modular receptores específicos.
Estudos indicam que o consumo exagerado de cafeína pode, em algumas pessoas, apresentar efeitos opostos, tornando seus resultados imprevisíveis em pesquisas humanas. Este fator ressalta a importância de moderação no consumo para explorar suas vantagens.
Como o café influencia a atividade cerebral humana e a função cognitiva?
A ingestão de café tem sido associada a melhorias em vigilância, tempo de resposta e precisão da memória. Esses efeitos podem ser notados mesmo com variações nas doses de cafeína, indicando uma possível atuação complementar de outros compostos do café, como os polifenóis.
Em estudos recentes, pesquisadores observaram resultados inconsistentes, seja em laboratório ou na vida real, sugerindo que fatores individuais e genéticos modificam a resposta à bebida. Entre as ações observadas após o consumo de café, destacam-se:
- Melhora na atenção e aumento do estado de alerta;
- Aprimoramento do tempo de resposta em tarefas cognitivas;
- Potencial fortalecimento de processos de memória e aprendizagem.
Quais mecanismos estão envolvidos nos efeitos neuroativos do café?
Os benefícios do café ocorrem principalmente por meio do bloqueio dos receptores de adenosina, influenciando a força sináptica e a inflamação cerebral. Especial destaque é dado aos receptores A2A, que cumprem papel relevante em diversas funções neuroplásticas.
Além da cafeína, outros moduladores como ATP e adenosina também participam de processos neuroprotetores frente a lesões. Novas pesquisas continuam buscando esclarecer todos os caminhos envolvidos.

Considerações sobre os fatores que interferem nos benefícios do café para a saúde cognitiva
Apesar de indícios de apoio à função cognitiva e à neuroproteção, a consistência dos resultados ainda é limitada devido à variedade de compostos no café e à influência de fatores genéticos, sexuais e dietéticos.
É importante destacar que níveis elevados de consumo podem acarretar riscos à saúde, reforçando a necessidade de pesquisas controladas que definam melhor os mecanismos envolvidos e as quantidades ideais para segurança e benefício.








