A hortelã (Mentha spp., abrangendo espécies como a Mentha piperita e Mentha spicata) é uma das plantas medicinais mais utilizadas no mundo, famosa por seu aroma refrescante e suas propriedades curativas. Seu poder curativo é atribuído ao óleo essencial, rico em mentol e outros compostos bioativos, que oferecem benefícios terapêuticos notáveis, especialmente para o sistema digestivo.
Descubra os principais benefícios terapêuticos da hortelã:
- Ação antiespasmódica e carminativa, essencial para a saúde gastrointestinal.
- Compostos que aliviam sintomas da Síndrome do Intestino Irritável.
- Efeito descongestionante e anti-inflamatório para o trato respiratório.
Ação antiespasmódica e benefícios para a digestão
O principal princípio ativo da hortelã é o mentol, presente em seu óleo essencial, que confere à planta uma potente ação antiespasmódica e carminativa. O mentol atua relaxando a musculatura lisa do trato gastrointestinal, o que alivia cólicas, gases e a sensação de inchaço (flatulência). Esta propriedade medicinal é fundamental para facilitar a digestão e promover o conforto abdominal após as refeições. A eficácia da hortelã como digestivo é um fato consolidado na fitoterapia:
“O óleo essencial de Mentha piperita atua como um antiespasmódico natural, relaxando o esfíncter esofágico inferior e a musculatura intestinal, facilitando a liberação de gases e aliviando a dor visceral associada à dispepsia.” (MATOS, 2009).

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Alívio da Síndrome do Intestino Irritável (SII) e dor visceral
Um dos benefícios terapêuticos mais estudados do óleo essencial de hortelã é seu uso no tratamento dos sintomas da Síndrome do Intestino Irritável (SII). A ação antiespasmódica do mentol é particularmente eficaz para aliviar a dor abdominal, o inchaço e o desconforto visceral característicos da SII. O óleo, encapsulado para liberação no intestino, é capaz de modular a hipersensibilidade visceral, proporcionando alívio sem os efeitos colaterais de alguns medicamentos sintéticos. Uma meta-análise sobre o tema comprova essa aplicação clínica:
“O óleo de hortelã-pimenta (Mentha piperita) demonstrou ser significativamente mais eficaz que o placebo na redução da dor abdominal e na melhora geral dos sintomas em pacientes adultos com SII.” (FORD et al., 2018).
Modo de uso: infusão simples

Propriedade anti-inflamatória e descongestionante respiratório
A hortelã também possui propriedade anti-inflamatória e descongestionante, estendendo seu poder curativo ao trato respiratório. O mentol, quando inalado ou consumido, atua como um mucolítico e descongestionante natural, fluidificando o muco e aliviando a congestão nasal e sinusal. Esta ação anti-inflamatória é atribuída aos seus compostos bioativos, que ajudam a acalmar as vias aéreas irritadas, sendo um excelente coadjuvante em casos de resfriados e gripes. A farmacologia do mentol confirma essa aplicação:
“O mentol exerce um efeito de resfriamento e tem sido associado à melhoria subjetiva da respiração em casos de congestão nasal. Além disso, compostos como o limoneno e o carvacrol presentes na hortelã possuem atividade anti-inflamatória que auxilia no alívio de sintomas respiratórios.” (ALVES, 2020).
A inalação do vapor do chá de hortelã pode ser uma forma eficaz de aproveitar seus benefícios respiratórios.
Hortelã um remédio natural da natureza
A hortelã é uma planta notável na botânica medicinal, com propriedades curativas bem estabelecidas. Seus princípios ativos, especialmente o mentol, a tornam um recurso valioso para a saúde digestiva e o bem-estar respiratório.
- O mentol confere à hortelã a poderosa ação antiespasmódica, aliviando cólicas e o inchaço abdominal.
- O uso da planta, muitas vezes na forma de óleo, é um benefício terapêutico comprovado para a redução dos sintomas da Síndrome do Intestino Irritável.
- Os compostos bioativos da hortelã atuam como anti-inflamatórios e descongestionantes naturais para as vias respiratórias.
Referências bibliográficas
- ALVES, Cássio. Mentol e Óleos Essenciais: Ação Descongestionante e Terapêutica Respiratória. Revista Brasileira de Fitoterapia e Aromaterapia, v. 8, n. 3, p. 112-120, 2020.
- FORD, Alexander C. et al. American College of Gastroenterology Monograph on the Management of Irritable Bowel Syndrome. The American Journal of Gastroenterology, v. 113, n. 11, p. 1772-1774, 2018.
- MATOS, Francisco José de Abreu. Farmacognosia: do produto natural ao medicamento. 7. ed. Fortaleza: Edições UFC, 2009.










