Você entra em um lugar, ouve uma frase ou vive uma situação e, de repente, tem a sensação intensa de que aquilo já aconteceu antes. O sentimento dura poucos segundos, mas é forte o suficiente para causar estranhamento. Esse fenômeno é conhecido como déjà vu e, em 2025, a ciência explica o efeito como uma confusão temporária entre memória real e sensação de familiaridade.
O que é o déjà vu segundo a ciência?
“Déjà vu” vem do francês e significa literalmente “já visto”. Apesar de parecer algo sobrenatural, o fenômeno é considerado neurológico e comum.
Estudos indicam que cerca de 60% a 70% das pessoas relatam já ter vivido essa sensação ao menos uma vez na vida, especialmente jovens e adultos.

Como o cérebro cria a falsa sensação de lembrança?
O cérebro humano trabalha separando dois processos:
- o reconhecimento de algo familiar;
- a recordação de quando e onde aquilo aconteceu.
No déjà vu, esses sistemas se desencontram por alguns instantes. A sensação de familiaridade aparece sem uma memória real associada, o que gera a impressão de que a situação já foi vivida.
Principais teorias que explicam o déjà vu
Pesquisadores de diferentes áreas propõem explicações complementares. As principais teorias são:
- Atraso no processamento cerebral — uma informação chega a uma área do cérebro com microssegundos de diferença, fazendo o cérebro interpretar o estímulo como repetido.
- Falha entre memória curta e longa — o evento é registrado diretamente como familiar, sem passar pela etapa correta de memória recente.
- Ativação indevida da sensação de familiaridade — áreas ligadas ao reconhecimento são ativadas sem que exista uma lembrança verdadeira.
- Semelhança com experiências passadas — o cérebro reconhece padrões parecidos com algo vivido antes e gera a sensação equivocada de repetição.
- Teoria do “erro benigno” da memória — defendida por pesquisadores da Universidade de Yale, sugere que o déjà vu surge quando o cérebro identifica um erro interno, mas não consegue localizar sua origem, criando a sensação de “já vivi isso”.

Déjà vu é normal ou sinal de problema?
Na grande maioria dos casos, o déjà vu é normal, rápido e inofensivo. Ele costuma ocorrer mais quando a pessoa está:
- cansada;
- sob estresse;
- com privação de sono;
- em ambientes novos ou muito estimulantes.
Apenas episódios muito frequentes, prolongados ou acompanhados de outros sintomas neurológicos podem indicar a necessidade de avaliação médica, algo raro, em sua maioria, não indicam nada de mais, abaixo, portaldrauziovarella mostra em seu TikTok:
Para a ciência, o déjà vu é um lembrete curioso de que a memória humana não é uma gravação perfeita, mas um sistema dinâmico, sujeito a pequenos erros que, por segundos, confundem nossa percepção da realidade.










