Em um cenário onde o sonho de reduzir o tempo de viagem a Marte está mais próximo da realidade, cientistas russos propõem uma inovação que pode revolucionar a exploração espacial: um sistema de propulsão baseado em plasma capaz de encurtar a viagem da Terra a Marte para apenas 30 a 60 dias. Hoje, missões para o planeta vermelho levam cerca de nove meses, e missões tripuladas podem demorar até um ano.
O que é a propulsão de plasma utilizada na exploração espacial
A propulsão por plasma ou elétrica já faz parte da exploração espacial moderna. Soluções como propulsores de íons e de efeito Hall são empregadas em satélites de comunicação e em missões profundas, como a Dawn, da NASA.
Esses sistemas funcionam através da aceleração de partículas carregadas, obtendo excelente eficiência em combustível, ainda que o empuxo seja relativamente baixo em comparação a foguetes químicos.
Como funciona o novo motor de plasma desenvolvido pelos russos
Os cientistas russos, ligados à empresa estatal Rosatom, criaram um protótipo de foguete elétrico de plasma baseado em um acelerador magnético. O diferencial do projeto é ionizar hidrogênio e transformá-lo em plasma, acelerando e expelindo as partículas para gerar impulso.
A velocidade de exaustão dessas partículas pode chegar a 100 km/s, muito acima dos 2 a 4,5 km/s dos foguetes químicos. Apesar do empuxo de cerca de 6 newtons, a aceleração é contínua e sustentada, e o protótipo já é capaz de operar por mais de 2.400 horas, suficiente para uma viagem a Marte.

Desafios fundamentais para conseguir viagens mais rápidas a Marte
Alcançar Marte em até 60 dias exige velocidades médias inéditas nas espaçonaves atuais. Hoje, limitações de alinhamento planetário, combustível e transferências orbitais tornam o tempo de viagem significativamente maior.
Além disso, existem obstáculos críticos que precisam ser superados para acelerar o trajeto espacial. Veja alguns dos principais:
- Empuxo limitado dos sistemas atuais
- Ineficiências dos combustíveis convencionais
- Maior exposição dos astronautas à radiação cósmica
Leia também: Redemoinhos de poeira revelam ventos furiosos surpreendentes em Marte
Por que a propulsão elétrica poderá impulsionar missões mais ambiciosas pelo espaço
A propulsão elétrica promete viagens mais rápidas e torna missões a Marte e outros destinos mais viáveis. Tecnologias como a do novo motor de plasma russo podem transformar o alcance do ser humano no espaço.
Esse avanço pode ser um divisor de águas, com benefícios diretos como redução de custos, maior eficiência de combustível e segurança reforçada para missões interplanetárias do futuro.








