O plural de palavras terminadas em “ão” costuma gerar dúvidas, e “cidadão” está entre os exemplos que mais confundem. Em diferentes situações, surgem formas como “cidadões” ou até “cidadoes”, mas a norma culta do português estabelece apenas uma forma correta para o plural. Ao observar a escrita de jornais, redes sociais e documentos oficiais em 2025, nota-se que o termo no plural aparece com frequência em debates sobre direitos civis, participação política e políticas públicas, o que torna o domínio da forma adequada ainda mais relevante para quem deseja escrever com clareza, correção gramatical e credibilidade.
Qual é o plural correto de “cidadão” e como ele deve ser usado
A forma correta do plural é cidadãos. Essa é a flexão reconhecida pela gramática normativa, pelos principais dicionários e por manuais de redação, sendo a única aceitável em contextos formais. A variante “cidadões” não é aceita na escrita padrão e costuma ser apontada como erro ortográfico, mesmo que pareça espontânea a muitos falantes.
Em textos acadêmicos, jurídicos ou jornalísticos, o uso de cidadãos é obrigatório e indica domínio da norma culta e atenção ao padrão escrito. Já em registros informais de fala podem surgir variações, mas elas não são recomendadas em provas, concursos, redações escolares ou documentos oficiais, nos quais a correção é essencial.

Por que o plural é “cidadãos” e não “cidadões” na norma culta
A principal explicação para o plural cidadãos está na origem histórica da palavra. “Cidadão” vem do latim civitas (cidade, comunidade política), que gerou o termo civitanus, depois evoluindo para “cidadão” em português. Ao longo da história da língua, certos substantivos em “ão” herdaram o plural em “ãos”, enquanto outros seguiram caminhos diferentes, como “ões” ou “ães”.
Desse modo, a forma cidadãos não é um desvio, mas o resultado de transformações fonéticas e morfológicas consolidadas pelo uso. A regularização final, registrada em gramáticas, dicionários e textos legais, cristalizou “cidadãos” como forma padrão, em linha com outros vocábulos que seguem a mesma lógica histórica e resistem à tendência de usar “ões” como plural mais comum.
Como funcionam os plurais em “ão” no português padrão
Palavras terminadas em “ão” podem ter três plurais principais: -ões, -ães e -ãos. Isso explica parte da confusão com “cidadão”, já que, sem conhecer a origem das palavras, muitas pessoas tendem a aplicar o modelo mais frequente, que é o plural em “ões”. Em muitos casos, a distribuição entre esses grupos não é previsível pela forma da palavra, sendo necessário memorizar cada caso.
- Plural em -ões: avião → aviões, leão → leões, campeão → campeões;
- Plural em -ães: pão → pães, alemão → alemães, cão → cães;
- Plural em -ãos: irmão → irmãos, cristão → cristãos, cidadão → cidadãos.
Para exemplificar, trouxemos o vídeo do Professor Paulinho Kuririn:
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Quais são os principais tipos de plural em “ão”
O quadro a seguir resume os padrões mais comuns de plural em palavras terminadas em “ão” e destaca onde se encaixa o caso de cidadão. Observar esses grupos ajuda a perceber que não existe uma única regra geral, mas sim padrões diferentes, alguns mais produtivos e outros mais restritos.
- Tipo 1 – Plural em -ões
- Exemplos: balão → balões; campeão → campeões; avião → aviões;
- Característica: é o padrão mais produtivo, usado em muitas palavras modernas.
- Tipo 2 – Plural em -ães
- Exemplos: pão → pães; mão → mãos (forma especial); alemão → alemães;
- Característica: muitas vezes ligado a heranças diretas do latim, com mudanças fonéticas específicas.
- Tipo 3 – Plural em -ãos
- Exemplos: irmão → irmãos; cristão → cristãos; cidadão → cidadãos;
- Característica: grupo menor, mas presente em vocabulário religioso, social e de parentesco.
Qual é a origem e a evolução da palavra “cidadão”
Para entender melhor a lógica de cidadãos, é útil observar a trajetória histórica da palavra e sua relação com o latim. O termo se consolidou em torno da ideia de pertencimento à cidade e de participação na comunidade política, o que explica o uso frequente em debates sobre direitos e deveres civis.
- Latim clássico: o termo central era civis (habitante da cidade, membro da comunidade política) e a ideia de cidade se expressava por civitas;
- Latim tardio e românico: formas derivadas de civitas passaram a indicar pertencimento à cidade, origem do futuro “cidadão”;
- Português antigo: surgiram formas próximas a “cidadão”, associadas a quem tinha direitos e deveres na urbe;
- Português moderno: a palavra consolidou-se no singular como “cidadão” e, no plural, como “cidadãos”, registradas em dicionários e textos legais.
Como evitar erros ao usar “cidadãos” no dia a dia
Para reduzir dúvidas na escrita, algumas estratégias simples ajudam a fixar o plural cidadãos e outros substantivos semelhantes. Essas práticas são úteis em redações escolares, concursos, produção de conteúdos digitais e qualquer situação em que a norma padrão seja exigida.
- Associar a palavras do mesmo grupo: lembrar de pares como “irmão/irmãos” e “cristão/cristãos” ajuda a fixar “cidadão/cidadãos”;
- Consultar dicionários confiáveis: em situações de trabalho, estudo ou provas, a checagem rápida evita erros recorrentes;
- Observar o contexto: em textos oficiais, acadêmicos ou jornalísticos, a forma “cidadãos” é a esperada e apropriada;
- Praticar em frases: criar exemplos como “os cidadãos participaram da reunião” contribui para consolidar o uso correto.







