A romã (Punica granatum) é um fruto milenar, reverenciado por suas ricas propriedades medicinais e presença marcante na culinária e medicina tradicional de diversas culturas. Seus benefícios terapêuticos são vastamente estudados pela ciência moderna, que comprova sua eficácia no fortalecimento do organismo. O consumo regular da romã é uma estratégia natural para quem busca maior vitalidade e aprimoramento da saúde.
- Poderosa ação antioxidante proveniente dos elagitaninos e punicalagina.
- Fortalecimento do sistema imunológico graças à alta concentração de vitamina C e fitoquímicos.
- Contribuição para a saúde cardiovascular por auxiliar na redução da pressão arterial e do colesterol.
Ação antioxidante e o combate ao estresse oxidativo
O poder curativo da romã reside principalmente na casca e no suco, que são extremamente ricos em antioxidantes potentes, como a punicalagina e o ácido elágico. Esses compostos bioativos são cruciais para neutralizar os radicais livres, protegendo as células contra o estresse oxidativo e o envelhecimento precoce. O consumo do extrato ou suco de romã demonstrou ser superior em atividade antioxidante a outras bebidas comuns, conforme demonstrado em estudos da literatura científica.
“O extrato de romã exibiu um potencial antioxidante consideravelmente maior que o do vinho tinto e do chá verde, sendo que a punicalagina é o composto responsável por mais da metade da atividade antioxidante total do fruto.” (GIL et al., 2000).

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Benefícios para a Imunidade: reforço contra infecções
As propriedades medicinais da romã são notáveis para o sistema de defesa do corpo, pois ela possui uma combinação única de vitamina C, vitaminas do complexo B e diversos fitoquímicos. Essa sinergia de princípios ativos atua no estímulo à produção de células de defesa e na proteção das vias aéreas superiores, sendo um grande auxílio em períodos de maior vulnerabilidade. A romã é utilizada popularmente para aliviar dores de garganta, e sua ação antiviral tem sido objeto de diversas pesquisas.
“Estudos in vitro demonstraram que os extratos de romã (Punica granatum) possuem atividade antiviral significativa contra o vírus da influenza (gripe), sugerindo que seus compostos fenólicos podem interferir na replicação viral.” (ZHANG et al., 2011).
Propriedade anti-inflamatória
A inflamação crônica é a base de muitas doenças degenerativas, e a romã é reconhecida por suas significativas propriedades anti-inflamatórias. Os elagitaninos, após metabolização pelo organismo, geram urolitinas que modulam diversas vias inflamatórias. Esse efeito terapêutico é especialmente relevante para a saúde intestinal e para o controle de condições como a artrite, sendo um importante complemento natural ao tratamento convencional.

“A romã demonstrou potente ação anti-inflamatória por inibir as enzimas ciclo-oxigenase (COX) e lipoxigenase (LOX), que são cruciais na síntese de mediadores inflamatórios no corpo.” (AFEIFE; KOREN, 2017).
Dica de preparo: Para aproveitar o máximo de seus compostos bioativos, prepare um suco concentrado utilizando tanto as sementes (arilos) quanto um pouco da casca interna branca da romã, que é rica em fibras e antioxidantes.
Como plantar romãzeira em vaso: cuidados essenciais
Ter uma romãzeira em casa é uma excelente forma de garantir frutos frescos e acesso às suas propriedades curativas. A romãzeira é uma planta que se adapta bem ao cultivo em vasos, desde que o recipiente seja grande e a planta receba luz solar direta. Escolha um vaso de no mínimo 40 litros para permitir o desenvolvimento radicular. A romã é resistente, mas exige solo bem drenado e atenção na rega.
- Vaso e Drenagem: Utilize um vaso profundo e adicione uma camada de argila expandida ou pedras no fundo para assegurar a boa drenagem.
- Solo: Prefira um substrato rico em matéria orgânica, levemente ácido a neutro.
- Luz e Rega: Posicione a romãzeira em um local que receba pelo menos 6 horas de sol direto. A rega deve ser moderada, evitando o encharcamento.
- Poda: Realize podas de formação e limpeza no final do inverno para estimular a frutificação.
A frutificação em vaso pode demorar um pouco mais, mas os cuidados com a romãzeira são simples, garantindo a colheita para uso em chás e sucos medicinais. Pense nisso como um investimento na sua saúde e bem-estar.
Para você que gosta de plantar em casa, separamos um vídeo do canal Manual do Jardim, onde ele mostra como plantar e cuidar da romã em casa:
Um verdadeiro tesouro de fitoquímicos
A pesquisa científica contínua valida a romã como um dos frutos mais benéficos para a saúde humana, com destaque para sua capacidade de modular o sistema imunológico e combater o dano oxidativo. Suas propriedades terapêuticas não se limitam apenas à prevenção de doenças cardiovasculares, mas também se estendem a um potencial quimiopreventivo, tornando-a uma aliada importante na dieta. As evidências mostram que incorporar a romã na rotina alimentar é uma decisão inteligente e fundamentada pela ciência.
- A romã possui maior atividade antioxidante que o chá verde e o vinho tinto, devido à punicalagina.
- Estudos confirmam sua ação antiviral, sendo um potencial auxiliar no combate a vírus respiratórios.
- O cultivo em vaso é perfeitamente viável, desde que se observe as necessidades de luz solar e drenagem da planta.
Referências Bibliográficas
- AFEIFE, O. G.; KOREN, R. Anti-Inflammatory Effects of Pomegranate (Punica granatum L.) Components in the Inhibition of COX and LOX Pathways. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v. 65, n. 17, p. 3431-3437, 2017.
- GIL, M. I. et al. Antioxidant activity of pomegranate juice and its relationship with phenolic composition and in vitro antioxiant capacity. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v. 48, n. 10, p. 4581-4589, 2000.
- ZHANG, J. et al. Pomegranate peel extract exhibits potent anti-influenza virus activity by blocking viral attachment to host cells and by inhibiting viral neuraminidase. Antiviral Research, v. 91, n. 2, p. 195-200, 2011.








