O cuidado com a saúde cerebral é fundamental para garantir bem-estar e qualidade de vida à medida que o tempo passa. Pequenos sinais no cotidiano, muitas vezes despercebidos, podem indicar mudanças importantes na cognição. Um exemplo clássico envolve o momento do banho: uma ocasião rotineira que pode servir como alerta precoce de possíveis problemas relacionados à memória.
Quando uma pessoa começa a esquecer passos habituais da sua higiene diária, como usar shampoo ou aplicar sabonete, esse comportamento pode estar ligado a alterações na função mental. Em famílias, é frequente que amigos e parentes percebam esses esquecimentos antes mesmo do próprio indivíduo notar. Por isso, atentar-se a modificações nos hábitos pessoais torna-se um passo essencial para identificar precocemente questões que mereçam avaliação profissional.
Como o esquecimento no banho pode sinalizar problemas de memória?
O ato de tomar banho, normalmente, envolve uma série de etapas memorizadas ao longo da vida, como lavar o cabelo, higienizar o corpo e passar condicionador, tudo de forma sequencial e quase automática. Quando uma pessoa começa a pular algum desses passos de maneira frequente, não por escolha, mas por esquecimento, pode ser um sinal de alerta para mudanças cognitivas.
- Rotinas automáticas: São tarefas realizadas sem muito esforço mental, resultado de muitos anos reforçando o mesmo comportamento.
- Desatenção repetida: Esquecer etapas do banho, como deixar de usar sabonete, pode ser mais significativo quando acontecer diversas vezes.
- Necessidade de atenção dos familiares: Quando pessoas próximas percebem esquecimentos constantes, é importante procurar orientação médica.
Vale ressaltar que esquecimentos ocasionais, especialmente durante períodos de estresse ou cansaço, são comuns e não devem gerar preocupação isoladamente. A recomendação é observar padrões e frequência desses lapsos.
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Quais outros sinais de alerta podem indicar problemas na saúde cerebral?
Além das falhas de memória no banho, existem outros sintomas que devem ser monitorados. Alterações no comportamento cotidiano, como dificuldade para se vestir, preparar refeições simples ou reconhecer pessoas e ambientes familiares também podem surgir. A seguir, estão alguns exemplos frequentemente apontados por especialistas:
- Esquecer com frequência onde coloca objetos ou informações importantes.
- Ter dificuldade para executar tarefas familiares, mesmo estando em ambientes conhecidos.
- Demonstrar confusão com datas, estações do ano ou passagem do tempo.
- Alterar de forma abrupta o humor ou demonstrar desconfiança sem motivo claro.
- Afetar relacionamentos próximos por conta de mudanças comportamentais repentinas.
Essas manifestações, especialmente quando percebidas em conjunto, podem indicar a necessidade de uma avaliação mais detalhada sobre o funcionamento da memória e do cérebro.

O que fazer ao notar sinais de declínio cognitivo?
Identificar qualquer sinal preocupante relacionado à memória deve ser o ponto de partida para buscar apoio profissional. A recomendação inicial é procurar um clínico geral, que pode solicitar exames básicos para descartar causas comuns, como deficiência de vitaminas ou efeitos colaterais de medicamentos. Se necessário, o médico poderá encaminhar para avaliação com um neurologista ou geriatra, especialistas que lidam diretamente com quadros de comprometimento cognitivo.
Além do acompanhamento médico, algumas estratégias são recomendadas para cuidar da saúde cerebral:
- Praticar atividades físicas de forma regular.
- Buscar novos aprendizados, como hobbies e cursos, para manter o cérebro estimulado.
- Privilegiar noites de sono adequadas para favorecer a cognição.
- Reduzir ou evitar o consumo de bebidas alcoólicas.
- Manter interações sociais frequentes, fortalecendo laços familiares e com amigos.
Nesse contexto, o papel da família e dos cuidadores é fundamental, tanto para observar mudanças quanto para auxiliar o indivíduo no enfrentamento do dia a dia, oferecendo orientações claras, ambientes seguros e promovendo atividades que incentivem a autonomia.
Quais fatores ajudam a proteger o cérebro ao longo dos anos?
Estudos científicos sugerem que o estilo de vida tem impacto direto na saúde do cérebro. Adotar uma alimentação balanceada, controlar fatores de risco cardiovascular e manter hábitos de higiene, inclusive higiene bucal, são atitudes associadas à redução do risco de doenças degenerativas. Incentivar a inclusão de alimentos saudáveis, como frutas, vegetais e peixes ricos em ômega-3, pode contribuir para a preservação das funções cognitivas.
Por fim, reconhecer e agir frente aos sinais iniciais que aparecem em situações cotidianas, como o simples banho, é fundamental para garantir mais qualidade de vida e independência, especialmente com o aumento da expectativa de vida da população em 2025.









