Nos últimos anos, estudos científicos reforçaram uma ideia que muita gente já sentia na prática: o intestino influencia diretamente a cabeça. Em 2025, revisões atualizadas mostram que a microbiota intestinal, o conjunto de bactérias que vivem no nosso sistema digestivo, tem papel ativo no humor, na ansiedade e até em quadros de depressão. A explicação está na comunicação constante entre intestino e cérebro, conhecida como eixo intestino-cérebro.
A microbiota intestinal conversa com o cérebro o tempo todo?
O intestino não é só um órgão digestivo. Ele possui milhões de neurônios e se comunica continuamente com o sistema nervoso central por vias químicas e elétricas. Pesquisas recentes apontam que desequilíbrios na microbiota podem alterar essa comunicação.
Quando há redução de bactérias benéficas ou excesso de espécies inflamatórias, substâncias como citocinas podem circular pelo organismo e afetar áreas do cérebro ligadas às emoções. Por isso, quadros de estresse prolongado, má alimentação ou uso excessivo de antibióticos podem refletir diretamente no humor.

O intestino produz neurotransmissores que regulam emoções!
Um dos pontos mais conhecidos da ciência atual é que o intestino produz boa parte dos neurotransmissores envolvidos no bem-estar. Cerca de 90% da serotonina, associada ao humor e à sensação de calma, é fabricada no trato gastrointestinal.
Além dela, a microbiota também participa da produção de GABA, um neurotransmissor que reduz a ansiedade e ajuda a regular o sistema nervoso. Quando a flora intestinal está equilibrada, essas substâncias são produzidas de forma mais eficiente, contribuindo para estabilidade emocional.
A alimentação tem um papel importante na regulação do intestino, abaixo, dicas de como manter o intestino saudável por isabellalacerda_nutri no TikTok:
A alimentação e estilo de vida modulam diretamente a microbiota?
Os estudos de 2025 reforçam que pequenas mudanças no dia a dia têm impacto real na saúde mental. Dietas ricas em fibras, frutas, verduras, grãos integrais e alimentos fermentados favorecem a diversidade de bactérias boas.
Por outro lado, alimentos ultraprocessados, açúcar em excesso, álcool frequente e noites mal dormidas prejudicam o equilíbrio da microbiota. Isso significa que o cuidado com a alimentação e o sono não é apenas físico, também é emocional.

Por que entender essa conexão ajuda a reduzir o estigma sobre saúde mental?
Ao mostrar que humor, ansiedade e depressão também têm componentes biológicos ligados ao intestino, a ciência ajuda a desfazer a ideia de que esses temas são apenas “coisa da cabeça”.
Isso não substitui tratamentos médicos quando necessários, mas amplia a compreensão sobre o corpo como um sistema interligado. E, para muitas pessoas, entender essa relação já é um passo importante para buscar hábitos mais equilibrados e reconhecer sinais de que algo não vai bem.










