A expressão latina “Homo homini lupus” significa “o homem é o lobo do homem”. A frase, escrita pelo dramaturgo romano Plauto há mais de dois mil anos, descreve a capacidade humana de agir com hostilidade, competição e egoísmo. Séculos depois, o filósofo Thomas Hobbes resgatou o termo para explicar a natureza humana em seu estado mais bruto, algo que, em 2025, ainda encontra paralelos diretos com o comportamento social contemporâneo.
Qual a origem da frase e por que Plauto usou a metáfora do lobo?
Plauto empregou a expressão para mostrar que, quando não há regras ou limites sociais, os seres humanos podem agir movidos por interesses próprios, às vezes prejudicando o outro para se proteger ou obter vantagem. O lobo, visto na Antiguidade como símbolo de ferocidade e instinto, servia como imagem perfeita para essa comparação.
Embora fosse uma crítica ao comportamento individual em situações específicas, a frase acabou se tornando um retrato mais amplo da fragilidade das relações humanas quando falta convivência civilizada.

Como Hobbes reinterpretou Homo homini lupus?
No século XVII, Hobbes recuperou a expressão em sua obra Leviatã. Para ele, sem leis e instituições fortes, a vida humana tenderia ao conflito permanente, marcada pela insegurança e pelo medo. O filósofo descreve esse cenário como “estado de natureza”, no qual cada indivíduo busca preservar sua própria sobrevivência, mesmo que isso signifique confronto.
Essa visão ajudou a fundamentar teorias políticas modernas, mostrando que a sociedade precisa de regras para evitar que a convivência humana se transforme em disputa constante, como mostrado no vídeo de Maria Baderna no TikTok:
Por que a frase continua atual em 2025?
Apesar de ter sido escrita na Roma Antiga, “Homo homini lupus” ainda encontra eco na sociedade moderna. O aumento da competitividade, as tensões sociais nas cidades e a polarização em ambientes digitais reforçam a ideia de que, em determinadas situações, o ser humano tende a priorizar seus próprios interesses.
Na era das redes sociais, por exemplo, conflitos simbólicos se tornam frequentes: disputas por atenção, validação e posicionamento público muitas vezes reproduzem essa lógica hobbesiana de rivalidade, ainda que em escala virtual.

O que a expressão revela sobre comportamento humano e convivência social?
A frase nos lembra que o convívio humano é complexo e exige mecanismos para equilibrar interesses individuais e coletivos. Educação, empatia e regras claras ajudam a evitar que pequenos conflitos se tornem disputas maiores.
Em 2025, a expressão continua sendo uma ferramenta útil para refletir sobre como lidamos com diferenças, responsabilidades e convivência em comunidade, e sobre como ainda precisamos fortalecer a cooperação para não repetir a lógica do “lobo” nas relações cotidianas.










