A frase latina “Cogito, ergo sum” significa “penso, logo existo”. Escrita pelo filósofo francês René Descartes no século XVII, ela se tornou um dos pilares da filosofia moderna. Em 2025, a expressão ainda desperta curiosidade porque toca em uma questão essencial: como sabemos que realmente existimos? Para Descartes, a resposta estava no próprio ato de pensar.
Como Descartes chegou a essa conclusão?
Descartes buscava uma verdade absoluta, algo que não pudesse ser colocado em dúvida. Ele questionou tudo: os sentidos podem enganar, as tradições podem estar erradas, até mesmo os sonhos podem ser confundidos com a realidade. No meio dessa incerteza radical, havia apenas uma coisa impossível de negar: se eu estou duvidando, então estou pensando. E, se estou pensando, é porque existo.
Essa descoberta marcou um ponto de virada na filosofia. O pensamento, e não a tradição, a autoridade ou a religião, tornou-se o ponto inicial para construir conhecimento seguro.

Por que Cogito ergo sum virou símbolo da filosofia moderna?
A frase representa a confiança na razão humana e inaugurou uma nova forma de entender o mundo. Em vez de aceitar verdades prontas, Descartes propôs que cada indivíduo poderia investigar, analisar e chegar às próprias conclusões. Foi um rompimento com a filosofia medieval e um passo decisivo para o pensamento científico.
Ela também reforça a ideia de subjetividade: cada pessoa é um centro de consciência capaz de refletir sobre si mesma e sobre o mundo, algo fundamental para áreas como psicologia, ciência cognitiva e ética, como fala Professor Thiago Hot em seu TikTok:
Como essa frase se conecta à vida contemporânea?
Em um mundo cheio de dúvidas, notícias falsas, excesso de informação, tecnologias que confundem realidade e simulação, a frase de Descartes continua atual. Ela nos lembra que o primeiro passo para entender o mundo é pensar de forma crítica. A consciência é nosso ponto de partida seguro.
Em momentos de crise pessoal ou mudanças importantes, “penso, logo existo” pode ser lido como um retorno ao essencial: reconhecer a própria mente, observar os pensamentos e encontrar clareza dentro de si.

Por que Cogito ergo sum ainda faz sentido para quem busca autoconhecimento?
Para muitas pessoas, o caminho do autoconhecimento começa pelo mesmo ponto que Descartes destacou: prestar atenção nos próprios pensamentos. Entender quem somos passa por observar como pensamos, de onde vêm nossas certezas e o que nos faz duvidar.
Assim, a frase que nasceu como um exercício filosófico se transformou em um lembrete moderno de que a mente é nossa principal ferramenta para navegar a realidade, e de que refletir sobre ela é uma forma profunda de existir com consciência.










