A palavra grega eudaimonia costuma ser traduzida como “felicidade”, mas seu significado é muito mais profundo. Para Aristóteles, felicidade não era prazer momentâneo nem ausência de problemas, mas sim uma vida plena, com sentido, virtude e propósito. Em 2025, esse conceito antigo volta a ganhar destaque diante da busca moderna por equilíbrio emocional e bem-estar duradouro.
O que os gregos entendiam por felicidade?
Na Grécia Antiga, felicidade não estava ligada a emoções passageiras. Para Aristóteles, viver bem significava desenvolver as próprias capacidades ao longo da vida, agir de acordo com a razão e cultivar virtudes como coragem, justiça e prudência.
A eudaimonia era vista como um estado contínuo, construído com escolhas conscientes, e não como algo que se alcança por acaso ou por momentos de prazer.

Eudaimonia não é prazer, mas plenitude
Diferente da ideia moderna de felicidade associada ao conforto ou ao consumo, a eudaimonia não excluía dificuldades. Pelo contrário: enfrentar desafios fazia parte do crescimento humano.
Para Aristóteles, sentir prazer era natural, mas não suficiente. A verdadeira felicidade surgia quando a pessoa percebia que sua vida tinha coerência, significado e direção.
A ligação entre razão, emoção e vida equilibrada
Um ponto central da eudaimonia é o equilíbrio entre razão e emoção. Aristóteles defendia que emoções não deveriam ser reprimidas, mas compreendidas e guiadas pela razão.
Esse equilíbrio ajudava o indivíduo a evitar excessos e agir com moderação, o que ele chamava de “justo meio”, princípio essencial para uma vida saudável e ética.

Por que esse conceito faz sentido no mundo atual?
Em 2025, muitas pessoas buscam felicidade em metas rápidas, produtividade extrema ou validação externa. O conceito de eudaimonia propõe o oposto: desacelerar, refletir e alinhar ações com valores pessoais.
Psicólogos modernos apontam que bem-estar duradouro está ligado a propósito, relações significativas e autoconhecimento, ideias que dialogam diretamente com o pensamento aristotélico, como mostra Mateus Salvadori no TikTok:
Assim, a eudaimonia mostra que felicidade não é um ponto de chegada, mas um modo de viver construído todos os dias.










