A onicofagia, comportamento conhecido como o hábito de roer as unhas, aparece com frequência em momentos de tensão, tédio, irritação ou ansiedade. Em muitos casos, a pessoa nem percebe que está levando os dedos à boca, transformando esse gesto em um hábito automático, que pode se intensificar diante de mudanças de rotina, conflitos emocionais ou excesso de responsabilidades no dia a dia.
O que é onicofagia e por que o hábito de roer unhas é motivo de preocupação
A palavra-chave central aqui é onicofagia, termo usado na área da saúde para descrever o ato crônico de morder unhas e cutículas. Não se trata de uma simples mania isolada, mas de um comportamento repetitivo que pode estar associado a ansiedade, estresse constante, transtorno obsessivo-compulsivo ou outros desafios emocionais.
Em crianças, muitas vezes surge como resposta a mudanças de rotina, conflitos familiares ou pressões escolares, podendo coexistir com outros hábitos repetitivos. Ao não ser identificado e cuidado, o comportamento tende a se consolidar, acompanhando o indivíduo na adolescência e na fase adulta, quando o impacto emocional e social costuma ser ainda maior.

Leia também: O que significa quando um sabiá canta perto de sua casa?
Quais são os riscos físicos de roer unhas com frequência
As consequências físicas da onicofagia vão além da aparência das mãos e podem afetar a saúde geral. Ao morder unhas e cutículas, microfissuras se formam na pele, abrindo portas para germes que estão presentes em objetos, superfícies e dispositivos eletrônicos manuseados ao longo do dia, o que favorece infecções locais dolorosas.
Os dentes também podem ser afetados pelo ato constante de roer unhas, com desgaste do esmalte, pequenas fraturas e alteração do alinhamento da mordida, especialmente em quem apresenta o hábito desde cedo. Em casos mais intensos, há ainda maior risco de lesões na mucosa bucal, lábios e gengivas, exigindo acompanhamento odontológico.
💅 Riscos de Roer Unhas
| Área Afetada | Consequências e Riscos |
|---|---|
| 🖐️ Próprias Unhas | Podem ocorrer deformações permanentes, quebras constantes e crescimento irregular da lâmina ungueal. |
| 🩹 Pele e Dedos | Aparecimento de feridas, fissuras dolorosas, sangramentos e infecções na pele ao redor dos dedos. |
| 🦷 Boca e Dentes | Risco de desgaste dentário, dor ao mastigar e maior probabilidade de sofrer lesões orais. |
| 🦠 Saúde Geral | Aumento da exposição a microrganismos devido ao maior contato da boca com bactérias e vírus presentes nas mãos. |
A onicofagia está ligada à ansiedade e a outros transtornos emocionais
Estudos recentes apontam que o hábito de roer unhas pode estar ligado a condições como transtorno de ansiedade, transtorno por déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e, em situações específicas, sintomas depressivos. Nesses contextos, a onicofagia funciona como uma forma de aliviar tensão interna ou descarregar agitação, ainda que de maneira pouco saudável e pouco consciente.
Além do aspecto emocional, há impacto social importante, pois mãos com unhas danificadas e feridas podem gerar vergonha e baixa autoestima. Isso leva muitas pessoas a esconder os dedos em encontros sociais ou no trabalho, evitando situações em que as mãos fiquem em destaque e dificultando conversas abertas sobre o problema, o que pode atrasar a busca por ajuda especializada.
Se você gosta de curiosidades, separamos esse vídeo da Márcia Fernandes falando sobre o vício em roer unhas:
- Ansiedade e estresse: roer unhas como tentativa de aliviar tensão.
- Impulsividade: dificuldade em controlar o impulso de levar os dedos à boca.
- Autoimagem prejudicada: desconforto com a aparência das mãos.
- Evitação social: tendência a esconder o problema em contextos públicos.
Como parar de roer as unhas e quando é importante procurar ajuda profissional
Controlar a onicofagia geralmente exige um conjunto de estratégias, não apenas força de vontade, combinando cuidados com as unhas e manejo das emoções. Medidas simples podem ajudar a reduzir o impulso, como manter as unhas aparadas, usar esmaltes específicos com sabor desagradável, hidratar cutículas e buscar atividades alternativas para as mãos em momentos de ansiedade.
Quando o hábito de roer unhas causa feridas frequentes, dor, infecções ou interfere na rotina, a orientação de profissionais passa a ser especialmente importante. Psicólogos podem auxiliar na identificação dos gatilhos emocionais e no desenvolvimento de novas formas de lidar com o estresse, enquanto psiquiatras, dermatologistas e dentistas podem atuar em conjunto no cuidado das consequências físicas e emocionais, favorecendo uma mudança mais duradoura.










