Em 2025, a palavra sueca “Lagom” voltou a ganhar espaço em debates sobre bem-estar e limites pessoais, especialmente após ser citada em reflexões atribuídas a figuras históricas como John D. Rockefeller, usadas frequentemente como metáfora para a busca de equilíbrio. O termo carrega uma filosofia simples e profunda: “nem demais, nem de menos , apenas o suficiente”. Ele funciona como contraponto ao ritmo acelerado e à busca incessante por “mais” que marcam o cotidiano contemporâneo.
O que significa Lagom e por que ele se tornou símbolo de equilíbrio?
“Lagom” vem do sueco arcaico e expressa a ideia de moderação inteligente: viver com aquilo que basta, evitando excessos e carências. Não é sobre minimalismo radical ou renúncia, e sim sobre encontrar o ponto de harmonia na rotina, no consumo, no trabalho e nas relações.
Na Suécia, o termo está profundamente ligado à cultura social, ao estilo de vida e até ao ambiente corporativo. Ao contrário de expressões de performance máxima, Lagom propõe um ritmo sustentável, em que o bem-estar e a satisfação contam tanto quanto produtividade e meta.

Como o conceito virou alerta para a vida moderna e para o excesso de ambição?
Nos últimos anos, “Lagom” passou a ser usado como referência em discussões sobre saúde mental, burnout e hipercompetitividade. A ideia surge como resposta a um século marcado por velocidade, acúmulo e esgotamento.
É nesse contexto que frases atribuídas a Rockefeller aparecem como recurso interpretativo: apesar de ter sido um dos homens mais ricos da história, reflexões sobre limites, propósito e satisfação são frequentemente associadas a ele, não como origem do termo, mas como exemplos de que nem todo crescimento ilimitado traz bem-estar. Assim, Lagom se encaixa como um alerta moderno: saber parar é tão importante quanto saber avançar.
O conceito é utilizado no dia a dia por pessoas ao redor do mundo, Analice Martinsson fala um pouco sobre no TikTok:
O que a psicologia vê no conceito de Lagom?
Pesquisas recentes mostram que estilos de vida baseados em moderação e autoconsciência contribuem para menor estresse, melhor percepção de bem-estar e maior clareza nas decisões. O equilíbrio entre esforço e descanso favorece o funcionamento emocional e cognitivo, reduzindo a sensação de sobrecarga constante.
Lagom se aproxima dessas conclusões ao propor um ritmo “suficiente para ser saudável”, evitando extremos. Por isso, o conceito ganhou força entre psicólogos, profissionais de saúde e estudiosos de comportamento que buscam alternativas realistas para o estilo de vida moderno.

Como aplicar Lagom na vida prática?
O conceito sueco pode ser incorporado ao dia a dia em pequenos gestos. Ele não exige mudanças drásticas, apenas ajustes conscientes:
- Estabelecer limites saudáveis no trabalho.
- Consumir com propósito, evitando excessos.
- Valorizar tempo de descanso como parte essencial da produtividade.
- Praticar gratidão pelo que já se tem.
- Evitar comparações constantes, focando no próprio ritmo.
No fundo, Lagom é um lembrete contemporâneo: equilíbrio não é falta de ambição, mas maturidade para reconhecer o ponto em que o “suficiente” é, de fato, o melhor caminho.










