Ver pessoas conhecidas surgindo como sugestão de amizade ou de seguidores no Facebook e no Instagram costuma gerar curiosidade e até desconfiança. Afinal, muitas vezes essas pessoas não interagem diretamente com você nas redes. Segundo especialistas em tecnologia e comportamento digital, essas sugestões não são aleatórias e fazem parte de sistemas avançados de recomendação usados pelas plataformas.
As sugestões de pessoas são coincidência?
Não, as sugestões de pessoas no Facebook e Instagram não são coincidência, segundo especialistas em tecnologia. As plataformas utilizam algoritmos que analisam grandes volumes de dados para identificar possíveis conexões entre usuários.
Esses sistemas cruzam informações de comportamento, relações sociais e padrões de uso para prever quem pode fazer parte do seu círculo social. O objetivo é aumentar interações, engajamento e tempo de permanência nas redes, tornando a experiência mais personalizada para cada usuário.

O contato da agenda influencia essas sugestões?
Sim, o acesso à agenda de contatos é um dos principais fatores para sugestões de pessoas, conforme explicam especialistas em privacidade digital. Quando o usuário autoriza o aplicativo a acessar contatos do celular, as plataformas comparam números de telefone e e-mails cadastrados.
Mesmo que você nunca tenha buscado alguém manualmente, o simples fato de ambos terem o contato salvo pode gerar a recomendação. Esse processo ocorre de forma automática e contínua, especialmente quando o aplicativo está sincronizado com o telefone.
Antes de entender outros fatores, vale observar alguns pontos que costumam influenciar diretamente essas sugestões:
- Contatos telefônicos sincronizados com a conta
- Endereços de e-mail cadastrados em comum
- Uso do mesmo dispositivo ou rede em algum momento
Curtidas, visualizações e interações têm peso?
Sim, interações indiretas influenciam fortemente as sugestões, segundo analistas de redes sociais. Curtir a mesma página, seguir perfis semelhantes ou interagir com conteúdos próximos cria padrões que os algoritmos interpretam como afinidade.
Além disso, visualizar perfis, stories ou publicações — mesmo sem curtir ou comentar — pode ser considerado um sinal de interesse. Essas interações silenciosas ajudam a plataforma a identificar conexões prováveis entre usuários que compartilham ambientes digitais parecidos.
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A localização e o convívio social interferem?
Sim, a proximidade geográfica e o convívio social influenciam as sugestões, de acordo com especialistas em dados. Pessoas que frequentam os mesmos locais, trabalham na mesma empresa ou moram próximas tendem a aparecer como recomendação.
Isso ocorre porque o sistema analisa dados como localização aproximada, redes Wi-Fi compartilhadas e check-ins públicos. Veja a tabela abaixo com alguns fatores comuns usados pelas plataformas:
| Fator analisado | Como influencia a sugestão |
|---|---|
| Localização semelhante | Indica convívio social |
| Amigos em comum | Reforça conexão social |
| Mesma escola ou trabalho | Sugere vínculo real |
Esses dados não significam que alguém esteja “observando” você, mas sim que padrões estatísticos estão sendo utilizados para prever relações sociais.
As sugestões indicam que alguém pesquisou você?
Nem sempre a sugestão significa que alguém pesquisou seu perfil, apesar de esse ser um dos maiores mitos sobre redes sociais. Especialistas afirmam que a busca direta é apenas um entre muitos sinais analisados, e sozinha não garante uma recomendação.
Na maioria dos casos, a sugestão surge por combinação de fatores, como contatos em comum, comportamentos parecidos e dados de uso. Por isso, interpretar a recomendação como prova de interesse direto pode levar a conclusões equivocadas.
Para quem deseja reduzir esse tipo de sugestão, algumas ações simples costumam ajudar:
- Desativar a sincronização da agenda de contatos
- Ajustar permissões de privacidade no aplicativo
- Limitar informações públicas do perfil
Em resumo, as sugestões de pessoas no Facebook e Instagram refletem como os algoritmos tentam espelhar a vida social real no ambiente digital. Entender esse funcionamento ajuda a usar as redes com mais consciência, menos preocupação e maior controle sobre a própria privacidade.










