No dia a dia, muitas pessoas têm o costume de utilizar uma cadeira no quarto para apoiar aquelas roupas que não estão totalmente limpas, mas também não chegaram a ficar realmente sujas. Esse hábito, frequentemente visto como sinal de desorganização ou preguiça, na verdade possui explicações psicológicas mais profundas. Especialistas afirmam que a prática está ligada à necessidade de manter peças de roupa acessíveis, facilitando a escolha do que vestir posteriormente e evitando a indecisão diante do guarda-roupa.
Além disso, posicionar roupas sobre a cadeira pode ser interpretado como sinal de uma abordagem flexível em relação à organização pessoal. Longe de representar falta de cuidado, esse comportamento demonstra a busca por conforto em um ambiente privado, onde a cadeira funciona como uma “zona de transição”. Nessa zona, ficam as roupas já usadas, mas que ainda servem para outro uso antes de finalmente serem enviadas para a lavagem. Segundo psicólogos, é uma maneira prática e eficiente de lidar com a rotina, longe da ideia de simples bagunça.
Por que tantas pessoas deixam roupas na cadeira do quarto?
Deixar roupas empilhadas na cadeira pode parecer descuido à primeira vista, mas estudiosos do comportamento garantem que há uma lógica por trás dessa ação. O hábito é reflexo de uma organização voltada à praticidade. A cadeira se torna um espaço intermediário entre a roupa limpa e a roupa suja, sendo o local temporário para peças que estão em meio termo — prontas para serem reutilizadas sem a necessidade de guardá-las novamente no armário.

O que é a zona de transição e como ela auxilia na rotina?
A chamada zona de transição, proporcionada pela cadeira, facilita o cotidiano ao poupar tempo e diminuir decisões. Esse local representa o equilíbrio entre praticidade e organização, funcionando como uma extensão funcional do armário. Assim, a cadeira não substitui o guarda-roupa, mas complementa sua função, tornando as escolhas de vestimenta mais ágeis e simplificando os processos diários. Cidades grandes como São Paulo e Rio de Janeiro, onde o tempo é precioso no dia a dia, têm muitos adeptos desse hábito devido à praticidade e à necessidade de responder rapidamente às demandas cotidianas.
Como a psicologia explica a organização prática?
Na perspectiva da psicologia, apoiar roupas na cadeira ajuda a reduzir o estresse associado às pequenas decisões do dia. Manter as peças visíveis e acessíveis possibilita a criação de rotinas menos rigorosas e mais flexíveis. Quem adota esse hábito geralmente surpreende ao relatar menos pressão quanto à arrumação e uma maior sensação de liberdade no ambiente pessoal. Num levantamento feito em 2023 por pesquisadores da Universidade de São Paulo, foi constatado que mais de 70% dos entrevistados relatam usar a cadeira de transição como estratégia facilitadora no seu cotidiano, especialmente em ambientes urbanos.
Por fim, o costume de deixar roupas sobre a cadeira do quarto vai além da ideia de desordem. Trata-se, na verdade, de uma estratégia de organização adaptada para promover comodidade e flexibilidade. A cadeira de transição surge como aliada prática, refletindo uma gestão eficiente do tempo e uma abordagem tranquila em relação à organização doméstica, criando um espaço equilibrado para o uso das roupas no dia a dia.









