De acordo com a ciência, o hábito de roer as unhas costuma se intensificar em momentos de tédio, impaciência ou diante de tarefas difíceis. Esse comportamento automático funciona como alívio rápido diante de frustração, incômodo ou ansiedade, regulando momentaneamente nossas emoções.
Como a onicofagia afeta o cotidiano dos adolescentes
No ambiente urbano, o estilo de vida acelerado e a pressão acadêmica intensificam o hábito de roer unhas. Adolescentes dessas regiões apresentam taxas maiores de onicofagia (61,9%) em comparação com áreas rurais (49,4%).
Esses dados indicam que o ambiente exerce grande impacto no surgimento de hábitos orais repetitivos. O estresse ambiental está entre os principais fatores que contribuem para sua prevalência nas cidades.
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Quais fatores psicológicos estão ligados à onicofagia
Diversos estudos comprovam que a onicofagia se relaciona diretamente com ansiedade e estresse em adolescentes. Esse comportamento é frequentemente identificado por ferramentas como o Inventário de Ansiedade de Beck (BAI-Y) e a Escala de Estresse Percebido (PSS-10).
Veja a seguir alguns fatores psicológicos mais comuns relacionados ao hábito e que ajudam a compreender o contexto:
- Ansiedade generalizada e estresse recorrente
- Dificuldade em lidar com emoções negativas
- Pressão escolar e conflitos familiares envolvendo fatores sociais

Quais métodos ajudam a controlar o hábito de roer unhas
Diversas formas de tratamento têm mostrado eficácia para ajudar adolescentes a controlar a onicofagia. Um dos métodos mais indicados é o Training de Reversão do Hábito (HRT), que busca substituir o ato por outros comportamentos menos prejudiciais.
Também é relevante considerar a prática regular de exercícios físicos para redução da ansiedade e o acompanhamento psicológico para suporte emocional. Incentivos como mindfulness e técnicas de relaxamento podem complementar esse controle.
A onicofagia traz consequências para a saúde bucal e geral
Muitas pessoas veem a onicofagia como algo apenas estético, mas ela pode prejudicar dentes e gengivas, além de aumentar o risco de infecções bucais. Em casos mais graves, há relatos até de problemas gastrointestinais por exposição a agentes patogênicos presentes nas mãos.
Além disso, o hábito pode causar lesões na pele ao redor das unhas, provocando inflamações, desconforto e até cicatrizes. Por isso, é fundamental informar adolescentes e familiares sobre os riscos à saúde e sobre a necessidade de buscar soluções.
Como é possível lidar com a onicofagia no dia a dia
Manter as mãos ocupadas com bolinhas ou elásticos pode ajudar a desviar o foco do hábito de roer unhas. É recomendável também cuidar das unhas frequentemente, fazendo pausas estratégicas quando notar irritação com tarefas e buscando alternativas que diminuam o estresse.
Se a onicofagia começar a prejudicar a saúde ou a rotina, procurar ajuda profissional é fundamental. O suporte de psicólogos ou terapeutas pode ser decisivo para modificar o comportamento e promover o bem-estar.








