Viajar de avião pode ser uma experiência desafiadora para algumas pessoas, particularmente aquelas que lidam com questões de tamanho e espaço pessoal. Para muitas pessoas plus size, o ato de viajar pode variar de desconfortável a humilhante. Este tema foi abordado de maneira direta e empática por Virginie Grossat, defensora do movimento body positive, que partilhou conselhos práticos sobre como tornar essa experiência mais agradável.
Virginie destaca a importância de saber que todas as pessoas, independentemente de seu tamanho ou forma, têm o direito de viajar. Com esse espírito em mente, ela oferece dicas baseadas em suas próprias experiências, que podem ajudar a tornar o voo mais confortável e menos estressante. As sugestões incluem escolher um assento no corredor, solicitar uma extensão do cinto de segurança e verificar a capacidade do voo para vantagens de assento.
Quais são as melhores dicas para uma viagem mais confortável?
A primeira orientação é optar por um assento no corredor. Essa escolha oferece maior liberdade de movimento e evita a sensação de estar preso em um espaço limitado, permitindo que a pessoa gorda se movimente mais facilmente. Além disso, ao solicitar uma extensão para o cinto de segurança, um serviço disponível em todos os voos, o passageiro pode fazê-lo discretamente, garantindo que o cinto seja ajustado de forma confortável e segura.
Outra dica útil é verificar a lotação do voo. Se o avião não estiver lotado, há a possibilidade de solicitar que assentos adjacentes permaneçam desocupados, proporcionando mais espaço pessoal. Essas ações podem transformar a experiência de viagem, diminuindo o desconforto associado a voos apertados e possibilitando uma jornada mais tranquila.
Em alguns casos, companhias aéreas internacionais, como Air France e Delta Air Lines, oferecem políticas específicas para passageiros de maior tamanho, permitindo a reserva antecipada de assentos duplos com descontos ou orientações especiais. Ao pesquisar previamente políticas das companhias e checar grupos de apoio online, o passageiro pode descobrir informações úteis sobre o processo de embarque e o nível de preparo de cada empresa para oferecer um serviço mais acessível.
@virginiegrossat Comment prendre l’avion quand on est gros ? Aujourd’hui j’ai voyagé avec @easyJet et je vous donne toutes mes astuces #biggirlproblems #traveltips #plane #easyjet #holidays #plussize ♬ Originalton – 𝔽𝕀ℕ𝔼𝕊𝕋 𝕄𝕌𝕊𝕀ℂ ❜ 𝔻𝕊
Como a comunidade reage a esse tipo de diálogo?
A publicação de Virginie não apenas trouxe dicas práticas, mas também gerou discussões na comunidade online. Em meio a reações positivas, onde muitos agradecem a coragem de abordar publicamente um tema sensível, há também opiniões contrárias, sugerindo que a discriminação ainda é uma realidade marcante. Críticas que questionam o direito de pessoas plus size de viajar de avião refletem a necessidade de uma reflexão mais profunda sobre a inclusão e o respeito nas viagens aéreas.
Virginie, no entanto, permanece firme em sua posição, defendendo a inclusão com tranquilidade e firmeza. Sua abordagem incentiva outros a se afirmarem, sem ceder ao preconceito, promovendo uma visão de mundo onde todos se sentem um pouco mais aceitos e menos sozinhos em seus desafios.
Outro ponto importante destacado pela comunidade está relacionado à atuação de entidades como a Associação Internacional de Transporte Aéreo, que em alguns países tem orientado suas empresas associadas sobre inclusão e acessibilidade no transporte aéreo. Discussões recentes na União Europeia e nos Estados Unidos também buscam novas normas para atender à diversidade dos passageiros, demonstrando que o tema está ganhando relevância global.
Por que é importante repensar a inclusão nas viagens aéreas?
O debate iniciado por Virginie Grossat toca num ponto crucial: a necessidade de redesenhar espaços públicos, incluindo aviões, de forma a contemplar a diversidade humana. Os desafios enfrentados por pessoas plus size refletem um problema estrutural onde o padrão único não é o suficiente. A questão levantada é: por que tantos precisam se adaptar enquanto outros simplesmente não pensam nisso?
Por meio de sua iniciativa, Virginie promove mais do que dicas de viagem; ela inspira uma mudança de mentalidade, onde a empatia e a luta por serviços de viagem mais inclusivos se tornam normais. Sua voz encoraja a sociedade a questionar normas antigas e a exigir mudanças que garantam o direito de todos ao espaço – até mesmo a 10.000 metros de altura. O tema desafia companhias e órgãos reguladores, como a Agência Nacional de Aviação Civil no Brasil, a aprimorar políticas e ampliar o debate sobre acessibilidade.