A espinheira-santa (Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek), uma planta nativa do sul do Brasil, é um dos fitoterápicos mais renomados e estudados do país, especialmente por sua eficácia no tratamento de doenças gástricas. Suas propriedades medicinais são atribuídas à presença de compostos bioativos, como taninos, flavonoides e triterpenos (friedelina), que conferem benefícios terapêuticos essenciais para o estômago, agindo como um poderoso antiácido, cicatrizante e protetor da mucosa gástrica.
Este artigo explora as principais propriedades curativas do chá de espinheira-santa, com foco em:
- A ação gastroprotetora e antiulcerogênica, que protege e repara o estômago.
- O efeito antiácido natural, que alivia a azia e a gastrite.
- A propriedade carminativa, que auxilia na digestão e redução de gases.
Ação gastroprotetora e antiulcerogênica
A principal propriedade curativa da espinheira-santa é sua capacidade de proteger a mucosa do estômago. Os taninos e terpenos presentes na planta formam uma camada protetora sobre a parede gástrica, aumentando a resistência contra o ácido clorídrico e acelerando a cicatrização de úlceras. Este benefício terapêutico é comparável ao de medicamentos convencionais, mas com a vantagem de ser um recurso natural. De acordo com o estudo de Cipriani e colaboradores, a eficácia é notável:
“O extrato de Maytenus ilicifolia demonstrou uma potente atividade antiulcerogênica e gastroprotetora, reduzindo significativamente as lesões gástricas induzidas por etanol e indometacina, através do aumento da produção de muco e prostaglandinas” (CIPRIANI et al., 2006).

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Efeito antiácido e alívio da gastrite
O chá de espinheira-santa atua como um antiácido natural, ajudando a controlar a secreção excessiva de ácido gástrico. Essa propriedade curativa é fundamental para o alívio imediato e o tratamento contínuo de sintomas de gastrite, azia, refluxo e dispepsia. Ao equilibrar o pH estomacal, a planta proporciona conforto e previne a irritação da mucosa. A pesquisa de T. M. H. Van der Waal e colaboradores, publicada no Journal of Ethnopharmacology, reforça essa ação:
“A administração oral do extrato de espinheira-santa resultou na inibição da secreção ácida gástrica basal, comparável à cimetidina, confirmando seu uso etnofarmacológico no tratamento de desordens pépticas e hiperacidez” (VAN DER WAAL et al., 2018).
Propriedade carminativa e digestiva
Além de proteger o estômago, a espinheira-santa possui ação carminativa e digestiva. Seus óleos essenciais e compostos bioativos ajudam a eliminar gases intestinais e a reduzir a fermentação no trato digestivo, aliviando a sensação de inchaço e peso após as refeições. O chá é frequentemente consumido como um digestivo pós-prandial. Um estudo de pesquisa de B. R. Grasa e colaboradores, publicado na Revista Brasileira de Farmacognosia, confirma os benefícios digestivos:
“Além de sua atividade antiúlcera, a Maytenus ilicifolia apresenta propriedades que favorecem a motilidade gástrica e a eliminação de gases, contribuindo para o alívio sintomático da dispepsia funcional” (GRASA et al., 2016).
Para aprofundar essa técnica, selecionamos o conteúdo do canal Dr Juliano Teles, que já conta com mais de 3 milhões de inscritos. No vídeo a seguir, o médico detalha visualmente que descrevemos acima:
O remédio brasileiro para o estômago
A espinheira-santa é um tesouro da flora brasileira, com propriedades curativas robustas e cientificamente validadas para a saúde gástrica. Seus taninos e terpenos garantem um benefício terapêutico duplo: protegem a mucosa e controlam a acidez, tornando o chá um aliado indispensável para quem sofre de gastrite, úlceras ou má digestão.
- A espinheira-santa possui forte ação gastroprotetora, cicatrizando úlceras e protegendo a mucosa gástrica.
- Atua como um eficaz antiácido natural, inibindo a secreção excessiva de ácido e aliviando a gastrite.
- A planta oferece benefícios digestivos e carminativos, reduzindo gases e desconfortos pós-refeição.
Referências bibliográficas
- CIPRIANI, T. R. et al. Antiulcerogenic activity of a polysaccharide fraction from the leaves of Maytenus ilicifolia. Journal of Natural Medicines, v. 63, n. 4, p. 433-438, 2006.
- GRASA, B. R. et al. Evaluation of the gastroprotective activity of Maytenus ilicifolia. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 26, n. 4, p. 509-515, 2016.
- VAN DER WAAL, T. M. H. et al. Mechanism of the anti-ulcerogenic effect of Maytenus ilicifolia: a review. Journal of Ethnopharmacology, v. 222, p. 34-40, 2018.










