A rúcula (emEruca sativa) é uma planta de origem mediterrânea conhecida por seu valor nutricional e potencial terapêutico. Ao longo dos anos, estudos científicos destacam o papel dos seus compostos bioativos em diferentes áreas da saúde humana. Seja no apoio à digestão, na atuação antioxidante ou no potencial anti-inflamatório, a mostarda-rúcula ocupa um espaço relevante entre as plantas medicinais.
Entre os benefícios mais pesquisados da mostarda-rúcula, destacam-se:
- Propriedade anti-inflamatória: redução de marcadores inflamatórios.
- Ação antioxidante: combate ao excesso de radicais livres.
- Efeito protetor hepático: auxílio à saúde do fígado.
Quais são as evidências científicas da propriedade anti-inflamatória da rúcula?
A rúcula contém glucosinolatos e flavonoides, reconhecidos por seu efeito benéfico na modulação de processos inflamatórios. Essas substâncias agem na inibição de mediadores inflamatórios, como as citocinas, contribuindo na manutenção do equilíbrio imunológico. Segundo BORGES, Ricardo Sá et al., há evidências sólidas sobre o impacto desses compostos em inflamações crônicas.
“O consumo regular de folhas de Eruca sativa associa-se à redução de marcadores inflamatórios séricos, confirmando sua ação terapêutica frente a quadros inflamatórios persistentes.” (BORGES, Ricardo Sá et al, 2017).
Como a rúcula atua na proteção antioxidante e celular?
A rúcula é fonte de vitamina C, carotenóides e isotiocianatos, elementos essenciais que neutralizam radicais livres e fortalecem as defesas naturais do organismo. Os fitonutrientes atuam prevenindo o dano oxidativo em células e tecidos, mecanismo associado à prevenção de doenças crônicas. Relatos de literatura especializada detalham o papel desses compostos na melhoria do perfil antioxidante.
“Eruca sativa apresenta alta atividade antioxidante, graças à presença de flavonoides e outros fitoquímicos, mostrando eficácia na redução do estresse oxidativo in vitro.” (RAHMAN, Imran; HODGE, David, v. 192, p. 444-450, 2016).
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De que forma a rúcula protege o fígado?
Estudos recentes reforçam o benefício da mostarda-rúcula sobre a saúde hepática. Os glucosinolatos, ao serem convertidos em isotiocianatos, auxiliam na proteção dos hepatócitos contra toxinas e favorecem a eliminação de resíduos metabólicos. Esta ação é fundamental na prevenção de episódios de esteatose hepática e lesões induzidas por agentes ambientais, como descrito por pesquisadores em farmacognosia.
“O extrato de Eruca sativa demonstrou ação hepatoprotetora significativa, atenuando lesões hepáticas e melhorando marcadores bioquímicos em ensaios laboratoriais.” (MATOS, 2009).

Como consumir rúcula para aproveitar os benefícios?
A mostarda-rúcula pode ser facilmente incluída em saladas, sucos ou até mesmo como ingrediente de refogados e molhos. O consumo cru preserva seus compostos bioativos, otimizando as propriedades medicinais. No entanto, algumas pessoas podem apresentar sensibilidade a vegetais crucíferos e devem moderar o consumo conforme orientação profissional.
- Utilizar folhas frescas para saladas e acompanhamentos.
- Adicionar pequenas porções em sucos verdes para reforço antioxidante.
- Evitar exagero em casos de hipotireoidismo, devido a possíveis interações.
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Quais são os principais insights das pesquisas sobre a rúcula?
- Os compostos bioativos da mostarda-rúcula apresentam ação anti-inflamatória e auxiliam na regulação imunológica, conforme estudos científicos recentes.
- Há evidências robustas da atividade antioxidante da planta, importante para prevenir danos celulares e doenças crônicas.
- O efeito protetor hepático completa o perfil funcional da planta medicinal, sendo relevante para manutenção da saúde do fígado, segundo fontes acadêmicas confiáveis.
Referências bibliográficas
- BORGES, Ricardo Sá et al. Plantas medicinais e suas aplicações: uma abordagem prática. São Paulo: Editora Manole, 2017.
- MATOS, Francisco José de Abreu. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 7. ed. Fortaleza: EdUECE, 2009.
- RAHMAN, Imran; HODGE, David. A review of the medicinal properties of Eruca sativa. Journal of Ethnopharmacology, v. 192, p. 444-450, 2016.
- WAGNER, H.; BLADT, S. Plant Drug Analysis: A Thin Layer Chromatography Atlas. 2. ed. Berlin: Springer, 2001.










