No português do dia a dia, algumas palavras parecem ter vida própria, mudam de forma, ganham letras extras e circulam por aí sem ninguém notar o erro. Em 2025, com a velocidade das mensagens e das redes sociais, essas trocas ficam ainda mais comuns. Aqui estão três exemplos clássicos (e divertidos) do que muita gente escreve errado sem perceber, e por que o erro acontece.
“Mendingo” x “Mendigo”
A forma correta é mendigo, com N antes do D. O erro “mendingo” aparece porque muitas pessoas tentam “suavizar” o som. Só que, na ortografia, o encontro ND é comum, e não precisa da vogal extra.
Exemplo certo: “Ele conversou com o mendigo na praça.”

“Previlégio” x “Privilégio”
A forma correta é privilégio, com pri- no começo e -gé no final. “Previlégio” é um erro tão comum que já virou meme, mas não resiste a uma análise simples: a palavra vem do latim privilegium, que começa com “pri-”, nunca com “pre-”.
Exemplo certo: “Ter tempo para descansar é um privilégio.”
“Extressado” x “Estressado”
A forma correta é estressado, com ES- no começo. O erro “extressado” acontece porque, ao falar rápido, as pessoas colocam um “T” imaginário que não existe. O mesmo vale para “estranho”, “estrategia” e outras palavras que começam com “es-”.
Exemplo certo: “Ele ficou estressado com o trânsito.”

Por que cometemos esses erros?
Esses deslizes acontecem por três motivos muito comuns:
- influência da fala: a forma como pronunciamos nem sempre corresponde à escrita;
- hipercorreção: adicionamos letras achando que assim fica “mais certo”;
- palavras herdadas do latim com estruturas menos intuitivas.
Outro exemplo desse fenômeno é uma das palavras mais usadas do dia a dia, principalmente no verão, abaixo, Hora de Estudar fala sobre em seu TikTok:
O lado positivo? A maioria desses erros é fácil de corrigir quando entendemos a lógica por trás da palavra, e até rende boas risadas.










