Muita gente estranha a grafia de recepção e pergunta: por que não é “recessão” ou “recep ssão”? A resposta está escondida no latim, e entender isso deixa a ortografia bem mais fácil (e até divertida!). Em 2025, explicações sobre origem das palavras voltam a ganhar espaço porque ajudam estudantes e adultos a escrever com mais confiança.
O sufixo “-ção” vem do latim “-tione”
Quando uma palavra termina em -ção, quase sempre ela tem origem em um termo latino com final -tione. Esse é o caso de recepção, que vem de “receptione”.
Como a pronúncia do “ti” evoluiu para um som parecido com “ci”, o português transformou “ti” em ç, resultando em palavras como:
- recepção (de receptione);
- informação (de informatione);
- emoção (de emotione).
Ou seja, o “ç” aparece porque vem da evolução natural do latim.

O sufixo “-são” vem do latim “-sione”
Já palavras terminadas em -são possuem origem diferente. Elas vêm de radicais latinos que terminavam em -sione, com “si”, não com “ti”.
É por isso que escrevemos:
- tensão (de tensione);
- divisão (de divisione);
- precisão (de precisione).
A letra “s” se manteve porque já existia na raiz latina.
Como isso ajuda a entender “recepção”?
Se a raiz latina for com “ti”, o português transforma em -ção. Se a raiz latina for com “si”, vira -são.
No caso de recepção:
receptione → recepção
Simples: veio do “ti”, por isso ganhou “ç”. Nada de “recessão” — essa é outra palavra, derivada de recessione, com sentido totalmente diferente.

Como lembrar disso de forma divertida?
Uma dica prática que ajuda muita gente:
- Se der para imaginar ligado a “ação”, costuma ser com Ç (informação, criação, educação).
- Se der para imaginar ligado a “visão”, costuma ser com S (divisão, previsão, precisão).
Essa dúvida é comum por todo o Brasil, mas a regra é simples, abaixo, Maria Eduarda, professora, fala mais sobre o assunto em seu TikTok:
Claro que essa regra de escrita não vale para tudo, mas ajuda bastante no dia a dia. E entender a origem latina deixa a ortografia menos misteriosa e mais lógica.









