Quase todo adulto já disse a frase: “o ano passou voando”. À medida que envelhecemos, a sensação de que o tempo acelera se torna cada vez mais comum. Em 2025, pesquisas em psicologia e neurociência explicam que isso não tem relação com o relógio, mas com a forma como o cérebro percebe e registra as experiências.
Como o cérebro percebe a passagem do tempo
O cérebro não mede o tempo como um cronômetro. Ele constrói essa percepção a partir de memórias, estímulos e novidades.
Segundo pesquisadores, a sensação de tempo está diretamente ligada à quantidade de informações novas que o cérebro precisa processar. Quanto mais novidades, mais “longo” aquele período parece ao ser lembrado.

Por que a rotina faz o tempo “encolher”
Na infância e na juventude, quase tudo é novo: lugares, pessoas, emoções, aprendizados. O cérebro registra muitos marcos diferentes, o que cria a impressão de um tempo mais longo.
Com a idade, a rotina se torna mais previsível. Quando os dias são parecidos, o cérebro:
- registra menos eventos marcantes;
- economiza energia cognitiva;
- cria memórias mais “compactas”.
Ao olhar para trás, esses períodos parecem ter passado rapidamente.
A relação entre idade e percepção de tempo
Outro fator importante é proporcional. Para uma criança de 5 anos, um ano representa 20% da vida inteira. Para alguém de 50, representa apenas 2%.
Essa diferença faz com que o mesmo intervalo seja sentido como:
- longo e marcante na infância;
- curto e acelerado na vida adulta.
O cérebro usa a própria história como régua para medir o tempo.

Tempo x idade e o que ele revela
Segundo Stanford, introduzir novas experiências, mudanças de rotina e aprendizados pode “alongar” a percepção do tempo, criando mais memórias e a sensação de dias mais cheios, como explica viterasdodrop no TikTok:
Em outras palavras: o tempo não passa mais rápido, nós é que passamos a registrá-lo de forma diferente.










