Durante décadas, Plutão foi conhecido como o nono planeta do Sistema Solar, mas em 2006, a União Astronômica Internacional (IAU) decidiu reclassificá-lo como um “planeta anão”. Essa mudança gerou debates intensos entre cientistas e curiosos, pois Plutão sempre foi popular no imaginário coletivo.
Neste artigo, você vai entender os critérios que definem um planeta, o que fez Plutão perder seu status e o que aprendemos com essa reclassificação sobre o Sistema Solar.
A história de Plutão no Sistema Solar
Descoberto em 1930 pelo astrônomo Clyde Tombaugh, Plutão era o planeta mais distante do Sol. Por muitos anos, ele foi estudado como o nono planeta e associado a características únicas, como sua órbita inclinada e elíptica.
A popularidade de Plutão cresceu rapidamente, com livros, escolas e mídia o retratando como planeta. Contudo, à medida que novas descobertas sobre corpos celestes surgiam, especialmente no cinturão de Kuiper, dúvidas começaram a aparecer sobre sua classificação.

Critérios atuais para ser um planeta
Em 2006, a IAU definiu três critérios essenciais para que um corpo celeste seja considerado um planeta:
- Orbitar o Sol: deve girar diretamente ao redor do Sol.
- Ter massa suficiente para sua gravidade superar forças rígidas e manter forma quase esférica.
- Ter “limpado” sua órbita de outros objetos próximos.
Plutão atende aos dois primeiros critérios, mas falha no terceiro, pois compartilha sua órbita com outros corpos do cinturão de Kuiper.
Por que Plutão não limpa sua órbita?
Plutão está localizado na região do cinturão de Kuiper, uma área repleta de asteroides, cometas e planetas anões. Sua massa é pequena e não consegue exercer gravidade suficiente para remover ou dominar objetos próximos.
Essa característica foi determinante para a reclassificação. Outros planetas, como Júpiter, Saturno e Marte, possuem órbitas praticamente livres de objetos de tamanho significativo, atendendo ao critério da IAU.
Consequências da reclassificação
A mudança gerou curiosidade e debates entre cientistas, professores e o público em geral:
- Divisão científica: pesquisadores precisaram atualizar livros e materiais didáticos.
- Criação da categoria “planeta anão”: Plutão, Ceres, Éris e Haumea passaram a ser classificados dessa forma.
- Novos estudos: a reclassificação incentivou pesquisas sobre corpos do cinturão de Kuiper e formação do Sistema Solar.
Plutão não deixou de ser interessante ou importante; apenas passou a ter um status diferente dentro da astronomia moderna.
Leia também: O planeta mais próximo da Terra pode não ser o que você imagina.
O que aprendemos com Plutão?
A história de desse planeta nos mostra como o conhecimento científico evolui com novas descobertas:
- Ciência é dinâmica: classificações podem mudar conforme aprendemos mais sobre o universo.
- Exploração contínua: missões como a da sonda New Horizons revelaram características inéditas de Plutão, como geologia ativa e atmosfera fina.
- Valorização de corpos menores: planetas anões e asteroides são essenciais para entender a formação do Sistema Solar.
A reclassificação não diminui a importância de Plutão, mas amplia nossa compreensão do cosmos.
Plutão deixou de ser considerado um planeta por não atender a um dos critérios da União Astronômica Internacional: limpar sua órbita. Apesar disso, ele continua sendo um objeto fascinante do Sistema Solar, estudado com entusiasmo por astrônomos e cientistas.
Entender essa mudança ajuda a valorizar o método científico e mostra que a astronomia está sempre evoluindo, revelando novos mistérios e desafios para explorarmos no universo.










