Em dias frios, muitas pessoas percebem um aumento no apetite e uma vontade maior de consumir alimentos mais calóricos, como massas, chocolates e pratos quentes. Esse comportamento não é apenas hábito cultural: o organismo realmente passa por ajustes para lidar com as baixas temperaturas, acionando mecanismos de termorregulação e alterando hormônios ligados à fome, para manter a temperatura interna estável em torno de 36,5°C a 37°C.
Por que o corpo sente mais fome no frio
A explicação central para o aumento do apetite em temperaturas baixas está no gasto energético. O organismo utiliza energia para manter as funções vitais, como batimentos cardíacos, respiração e regulação térmica, e no frio precisa trabalhar mais para preservar a temperatura corporal estável, como explica a pesquisa “The influence of environmental temperature on appetite-related hormonal responses”.
Para produzir calor, o corpo intensifica processos como tremores musculares e ajustes na circulação sanguínea, reduzindo a dissipação de calor pela pele. Isso consome mais calorias e o cérebro interpreta que será necessário repor energia, aumentando a sensação de fome e a busca por alimentos mais “confortáveis”.
Para aprofundarmos no tema, trouxemos o vídeo do Dr. Montanha:
@dr.montanha ⚠️🚨 Você sabe por que sentimos mais fome no inverno ❄️ ou em dias frios? Assista esse vídeo! Curta, compartilhe com seus amigos!! Um abraçaço!! #fome #inverno #maisfomenoinverno #fomeefrio #bemestar #treinodiario #atividadefisicaemcasa ♬ som original – Dr Montanha
Como o gasto energético muda no frio
O aumento do gasto energético no frio está ligado principalmente à necessidade de produzir calor. Em repouso, o corpo já gasta energia para se manter vivo (metabolismo basal), mas quando a temperatura cai, parte desse gasto sobe porque o organismo precisa intensificar mecanismos de aquecimento.
Esse consumo adicional de energia ocorre por diferentes caminhos, que ajudam a explicar por que a fome parece maior em dias frios, mesmo sem grande mudança na rotina. Entre os principais mecanismos que elevam o gasto calórico estão:
- Tremores musculares: pequenas contrações involuntárias geram calor e elevam o gasto calórico momentâneo.
- Ativação do tecido adiposo marrom: esse tecido pode ser estimulado para produzir calor a partir de gordura estocada.
- Ajustes circulatórios: o corpo direciona mais sangue para órgãos internos, exigindo mais trabalho do sistema cardiovascular.
Como a alimentação muda no frio e por que isso importa
Além dos fatores fisiológicos, o comportamento alimentar se transforma conforme a temperatura. Em dias frios, é frequente a preferência por pratos quentes, cremosos e mais gordurosos, enquanto frutas frescas e saladas tendem a aparecer com menor frequência nas refeições diárias.
Essa mudança de padrão alimentar pode levar ao aumento da ingestão calórica total e a um balanço energético positivo. Com rotina mais sedentária, encontros em torno de fondues, massas e bebidas quentes e sensação de conforto térmico, o inverno favorece o acúmulo de gordura corporal se não houver atenção às escolhas.

Como lidar com a fome no frio de forma equilibrada
A sensação de fome reforçada em temperaturas baixas não precisa ser ignorada, mas pode ser manejada com algumas estratégias simples. Uma delas é priorizar alimentos que ajudem a aquecer o corpo sem elevar demais a ingestão de calorias, como sopas com legumes, proteínas magras, grãos integrais e vegetais em preparações quentes.
Outra medida importante é manter algum nível de atividade física, mesmo em dias frios, evitando a queda brusca no gasto calórico. Aliar movimento, boa hidratação e escolhas alimentares equilibradas ajuda a respeitar a fome real do corpo, sem exageros, preservando a saúde e o peso a longo prazo.








