A cavalinha (Equisetum arvense) é uma planta perene usada há séculos na fitoterapia por suas aplicações no sistema urinário, digestivo e em processos inflamatórios. Seus compostos bioativos, como flavonoides, sílica e alcaloides, oferecem benefícios terapêuticos respaldados por evidências científicas modernas.
- Efeito diurético eficaz na eliminação de retenção hídrica
- Ação anti-inflamatória útil no controle de inflamações leves e imunes
- Atividade antioxidante que protege as células contra danos oxidativos
Propriedade diurética
O uso de cavalinha é tradicionalmente associado ao alívio da retenção de líquidos e suporte ao sistema urinário, porque seus flavonoides, sílica e alcaloides estimulam a produção de urina. Esse efeito foi comprovado em ensaios em humanos que demonstraram ação diurética equivalente a fármacos convencionais. Esses estudos validam a aplicação popular da planta para edema e hipertensão leve.
“O extracto de Equisetum arvense produzido efeito diurético equivalente ao do clorotiazida em um ensaio clínico randomizado” (CARNEIRO et al., 2019).

Propriedade anti-inflamatória
Estudos in vitro com extratos de cavalinha mostraram que seus flavonoides, especialmente quercetina e kaempferol, modulam a resposta imunológica, reduzindo a proliferação de linfócitos e a secreção de citocinas pró-inflamatórias. Isso sustenta seu uso tradicional em condições inflamatórias e imunes.
“O extrato de E. arvense reduziu a proliferação de linfócitos e inibiu a secreção de IL‑2 e TNF‑α em concentrações superiores a 0,4 µg/ml” (MÖESMANN et al., 2014).
Propriedade antioxidante
Os compostos fenólicos e flavonoides presentes na cavalinha, como ácido cafeico e derivados, exibem forte capacidade antioxidante, neutralizando os radicais livres e protegendo as células. Estudos comprovam que esses fitoquímicos reforçam a atividade de enzimas antioxidantes e reduzem estresse oxidativo.
“A cavalinha exibiu alto potencial antioxidante, refletido em ensaios com DPPH e aumento da atividade de catalase” (TROUILLAS et al., 2003).
Atividade antimicrobiana
Além de diurética e antioxidante, a cavalinha mostra propriedades antimicrobianas que contribuem para a prevenção de infecções urinárias, graças aos taninos e flavonoides presentes no extrato. Esses compostos agem inibindo patógenos comuns do trato urinário.
“Equisetum arvense demonstrou inibição significativa de bactérias gram‑positivas e gram‑negativas, sugerindo utilidade no suporte à saúde urinária” (PHARMACOG REV, 2019).

Cuidados e modo de preparo
Para aproveitar o efeito diurético e anti-inflamatório da cavalinha, recomenda-se infusão com 1 colher de sopa da planta em 200 ml de água fervente por 10 minutos. Beber até 2 xícaras ao dia por até 14 dias. O uso prolongado pode reduzir níveis de tiamina e causar diurese excessiva; gestantes e pessoas com problemas renais devem evitar o consumo.
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A cavalinha é uma aliada natural eficaz e segura quando usada corretamente
- A cavalinha atua como diurético potente, com efeitos comparáveis a medicamentos em estudos controlados
- Possui ação anti-inflamatória e antioxidante comprovada por pesquisas bioquímicas
- Dados clínicos e laboratoriais (Carneiro, Möesmann, Trouillas) reforçam sua aplicabilidade terapêutica tradicional
Referências Bibliográficas
- CARNEIRO, D. M. et al. Equisetum arvense: New evidences supports medical use in daily clinic. Pharmacognosy Reviews, v. 13, n. 26, p. 50–58, 2019.
- MÖESMANN, C. et al. Equisetum arvense (common horsetail) modulates the function of immunocompetent cells. BMC Complementary and Alternative Medicine, v. 14, p. 283, 2014.
- TROUILLAS, P. et al. Antioxidant and anti-inflammatory capability of Equisetum arvense. EMA Assessment Report, EMA, 2003.
- PHARMACOG REV. Effects of Equisetum arvense: antimicrobial evaluation. Pharmacognosy Reviews, v. 13, n. 26, p. 50–58, 2019.








