O quarto filme da franquia Rua do Medo chegou à Netflix em 23 de maio de 2025, mas desta vez com uma proposta bem diferente. “Rua do Medo: Rainha do Baile” é um filme independente que se passa em 1988 na famosa cidade amaldiçoada de Shadyside, focando na competição pelo título de rainha do baile de formatura. Com direção de Matt Palmer e baseado especificamente no livro “The Prom Queen” de R.L. Stine, o longa traz India Fowler como protagonista Lori Granger, uma jovem azarã que decide concorrer contra o temido grupo das garotas populares.
A história gira em torno da disputa acirrada entre as candidatas, mas as coisas saem do controle quando uma assassina mascarada começa a eliminar as concorrentes uma por uma. Com 90 minutos de duração e classificação R, o filme promete trazer de volta a atmosfera slasher que marcou a franquia, mas desta vez sem conexão direta com os eventos da trilogia anterior sobre Sarah Fier.
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O Filme Trouxe Algo Novo Para a Franquia?
Diferente dos três primeiros filmes que eram conectados e contavam uma única história através de diferentes épocas, “Rainha do Baile” é completamente independente. O filme se passa em 1988, mas não tem relação com a maldição de Sarah Fier que dominou a narrativa anterior. Matt Palmer, diretor e roteirista, explicou que queria explorar outros aspectos sombrios de Shadyside sem depender do lore já estabelecido.
O elenco é totalmente renovado, trazendo nomes como Suzanna Son (The Idol), Katherine Waterston, Chris Klein e Lili Taylor. A produção apostou na nostalgia dos anos 80, com trilha sonora de época e visual retrô, tentando capturar a essência dos slashers clássicos da década. Infelizmente, as primeiras críticas não foram muito favoráveis, com o filme recebendo apenas 28% de aprovação no Rotten Tomatoes.
Por Que as Críticas Foram Tão Negativas?
A recepção de “Rua do Medo: Rainha do Baile” foi bem fria, especialmente quando comparada ao sucesso da trilogia original. Muitos críticos apontaram que o filme falha em capturar a atmosfera autêntica dos anos 80, com uma cinematografia considerada “opressivamente escura” que esconde os detalhes de época que deveriam brilhar na tela. A revista The A.V. Club descreveu a produção como “um desastre embaraçoso e confuso” que não consegue nem emular os clássicos do terror nem oferecer algo novo.
Os fãs também ficaram divididos. Alguns elogiaram o retorno à cidade de Shadyside e a tentativa de criar uma nova narrativa, mas muitos sentiram falta da conexão emocional e do suspense bem construído dos filmes anteriores. O maior problema parece ter sido a pressa em produzir um novo filme sem o cuidado narrativo que Leigh Janiak dedicou à trilogia original, que foi toda filmada de uma vez e lançada em sequência durante o verão de 2021.
Como a Franquia Original Conquistou o Público?
Para entender o que faltou em “Rainha do Baile”, vale lembrar o sucesso estrondoso da trilogia original. Os três primeiros filmes foram lançados em julho de 2021, uma semana após a outra, criando um evento chamado “Summer of Fear”. “Rua do Medo: 1994”, “1978” e “1666” contavam uma história conectada sobre a maldição que assombrava Shadyside há séculos.
A trilogia conseguiu o que poucos filmes de terror fazem: criar uma mitologia rica e envolvente que se desenrolava através de diferentes épocas. Cada filme tinha sua própria identidade visual e narrativa, mas todos estavam unidos pela história de Sarah Fier e pela luta dos jovens de Shadyside para quebrar a maldição ancestral. A direção de Leigh Janiak foi amplamente elogiada por conseguir equilibrar nostalgia, terror e uma narrativa sólida que respeitava tanto os livros de R.L. Stine quanto as expectativas dos fãs modernos do gênero slasher.
Vale a Pena Assistir ao Novo Filme?
“Rua do Medo: Rainha do Baile” pode decepcionar quem espera algo no nível da trilogia original, mas ainda oferece alguns momentos interessantes para os fãs da franquia. O filme funciona melhor como uma experiência nostálgica dos anos 80 do que como um terror realmente assustador. India Fowler entrega uma performance sólida como a protagonista Lori, e alguns fãs elogiaram a tentativa de expandir o universo de Shadyside além da história de Sarah Fier.
Para quem ama slashers clássicos e não se importa com algumas falhas técnicas, o filme pode servir como um entretenimento passageiro. A Netflix já confirmou que mais três filmes da franquia estão em desenvolvimento, então “Rainha do Baile” pode ser visto como um experimento antes de projetos maiores. A dica é assistir com expectativas ajustadas e aproveitar o retorno à atmosfera única de Shadyside, mesmo que desta vez a viagem não seja tão emocionante quanto as anteriores.
