Nos últimos anos, o fenômeno conhecido como burnout tem se tornado cada vez mais frequente, afetando milhões de pessoas ao redor do mundo. Trata-se de um estado de exaustão extrema, tanto mental quanto física, desencadeado por níveis elevados de estresse contínuo. Especialistas na área da saúde mental, como Hannah Nearney, psiquiatra e diretora médica da Flow Neuroscience, no Reino Unido, descrevem esse quadro como um colapso emocional, marcado por desmotivação, exaustão e incapacidade de realizar tarefas diárias.
Como o burnout pode afetar pessoas neurodivergentes de forma diferente?
Pessoas neurodivergentes, cujo funcionamento cerebral não segue o padrão considerado típico devido a condições como autismo, TDAH e dislexia, enfrentam desafios adicionais diários. Essas condições exigem um esforço constante de adaptação, resultando em níveis elevados de estresse que as tornam ainda mais suscetíveis ao burnout.
Para lidar com essas dificuldades, frequentemente é necessário mascarar ou compensar limitações, o que pode levar a ciclos repetidos de esgotamento. Além disso, muitas vezes essas pessoas enfrentam falta de compreensão ou reconhecimento de suas necessidades específicas no ambiente de trabalho ou nos espaços sociais. Por isso, a busca por inclusão e compreensão em ambientes sociais e profissionais é fundamental para prevenir esse ciclo.

Quais sinais e sintomas geralmente indicam burnout?
Os sintomas do burnout podem variar, mas alguns são mais comuns e facilmente identificáveis. Cansaço persistente, irritabilidade e alterações de humor são frequentes, além da falta de interesse pelo trabalho. Mudanças físicas, como insônia e oscilações na saúde intestinal, também podem surgir.
Esses indícios podem ser reconhecidos a partir de diferentes manifestações. Confira alguns sinais de alerta mais comuns:
- Queda de produtividade e desmotivação com tarefas rotineiras
- Desconexão social, isolamento ou dificuldades de relacionamento
- Dores físicas sem causa aparente, como no estômago ou na pele
- Dificuldade para dormir ou manter o sono de qualidade
A especialista em ansiedade Mayla Haddad, no seu perfil @mayla.haddad no TikTok, aponta os sintomas do burnout mais comuns:
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Quais hábitos ajudam a prevenir o burnout?
A manutenção de alguns hábitos saudáveis pode ser decisiva para evitar o burnout. Alimentação equilibrada, hidratação e boas noites de sono desempenham papel fundamental neste processo, mantendo os níveis de energia em equilíbrio.
Adotar práticas que favorecem a saúde, como atividade física regular e pausas ao longo do dia, também é essencial. Essas medidas não apenas apoiam o bem-estar físico, mas ajudam a controlar o estresse e estabilizam o humor. Fortalecer a rede de apoio social, conversar com amigos ou familiares e buscar ajuda especializada ao identificar sinais precoces são atitudes recomendadas por especialistas.
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Descanso e meditação têm um papel fundamental na superação do burnout?
Práticas de descanso adequado e meditação são aliadas importantes na luta contra o burnout. A meditação auxilia na redução do estresse e proporciona clareza mental, enquanto descansar regularmente permite maior eficiência cerebral.
Reservar momentos para pausas, tirar férias e buscar atividades que proporcionem alegria são ações essenciais para estimular a serotonina e contribuir para o bem-estar emocional. Técnicas como mindfulness e exercícios de respiração profunda podem complementar essas estratégias, promovendo relaxamento e maior autoconhecimento.
Os dados indicam que muitos ainda não buscam suporte profissional ao enfrentar o burnout, demonstrando a necessidade de promover conscientização sobre saúde mental. Valorizar o bem-estar emocional e adotar estratégias de prevenção são passos fundamentais para combater esse desafio cada vez mais presente na sociedade moderna.









