Imagina Nietzsche, esse cabra cheio de ideia forte, andando pelo Pelourinho, sentindo o sol batendo e pensando alto: quem seria eu se tivesse nascido aqui em salvador, hein meu rei.
Como Nietzsche ia filosofar sentado no Farol da Barra?
Se Nietzsche fosse baiano, ele ia olhar pro mar daquele jeitinho arrastado e soltar algo tipo: rapaz, a vida é muito barril pra gente viver fingindo ser o que não é. A frase famosa dele diz assim em bom português: torna-te quem tu és. Aqui em salvador, ia sair quase como um conselho de mainha: oxente, vira logo quem tu é de verdade, meu rei, para de se esconder dos seus próprios caminhos.

O que ‘torna-te quem tu és’ tem a ver com a correria mansa de salvador?
Nietzsche falava da tal vontade de potência, que no nosso baianês é aquela força por dentro que empurra a gente a crescer, mesmo indo devagarinho. Não é correr igual doido, é ter coragem de se melhorar todo dia, tipo quem decide aprender um ofício novo, abrir um barracão de comida, estudar à noite, mesmo cansado, porque sente lá dentro que merece mais.
E não é só isso, ele achava que a gente não devia viver no modo rebanho, só copiando o que todo mundo faz. Em salvador isso parece quando a pessoa decide ser diferente mesmo ouvindo um monte de oxi, que viagem, visse. Na prática, dá para sentir essa filosofia em várias situações do dia a dia.
- Quando você escolhe um caminho de estudo ou trabalho que todo mundo diz que não dá dinheiro, mas faz seu coração bater gostoso.
- Quando você para de se comparar com o corpo de praia dos outros e passa a respeitar o seu ritmo, sua saúde e seu tempo.
- Quando você assume suas raízes, seu cabelo, sua pele, sua história, sem ficar tentando se encaixar em padrão de gente de fora.
- Quando você diz pra si mesmo: hoje eu erro menos que ontem, amanhã eu melhoro mais um tiquinho, devagar e sempre.
Por que Nietzsche ia amar um bom papo na porta de casa?
Nietzsche não curtia conhecimento só de livro, seco, decorado. Ele gostava de ideia viva, que faz a gente repensar tudo. Aqui em salvador ele ia amar aquele papo na calçada, o café passado na hora, as histórias de vó que ensinam mais que muito curso caro. Ele mesmo escreveu algo tipo sem música a vida seria um erro, e no nosso baianês isso vira quase uma reza: sem um pagodinho, um axé e um atabaque, a vida perde a graça demais, misericórdia.
O professor Thiago Hot, em seu perfil @professorthiagohot trouxe um pouquinho do pensamento de Nietzsche em um minuto e meio:
@professorthiagohot Nietzsche em um minuto e meio! #nietszche #filosofia #nietzschetok ♬ som original – Professor Thiago Hot
O que a filosofia de Nietzsche ensina pra vida da gente aqui em salvador?
Nietzsche ajudou a humanidade a desconfiar das verdades prontas demais. Em vez de aceitar tudo calado, ele dizia pra gente olhar de novo, virar a mesa se preciso. Em salvador isso parece quando o povo percebe que merece respeito, oportunidade, educação boa, e diz assim: pera aí, minha rainha, a gente vale muito mais do que estão entregando.
- Ele inspira a criar valor novo, tipo transformar dor em arte, fresta em oportunidade, cansaço em recomeço.
- Ele lembra que ninguém se resume ao passado, que a gente pode se refazer, igual maré que sobe e desce, mas nunca deixa de ser mar.
- Ele chama para uma coragem serena, aquela que fala baixo, mas firme: hoje eu escolho ser mais eu, sem medo do olhar alheio.
- Ele mostra que viver é um treino constante, como quem ensaia passos de dança até o corpo aprender sozinho.
No fim das contas, Nietzsche baiano ia olhar pra você, suado depois de um dia corrido, e falar com carinho: minha filha, meu filho, a vida é curta, mas o axé que mora em você é grande demais pra ficar escondido. Em vez de só repetir o que o mundo manda, ele ia cochichar no seu ouvido, quase como conselho de amigo antigo: torna-te quem tu já sente que é por dentro, devagarinho, no seu tempo, com fé na caminhada e um sorriso no rosto, porque viver assim, do seu jeito mais verdadeiro, é que é coisa bonita de se ver.”









